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Diário da Gamar» dos Deputados

ele seja discutido juntamente com a proposta ministerial.

Peço a V. Ex.a que consulte a Câmara neste sentido.

O Sr. António Maria da Silva (sobre o modo de votar}:—Sr. Presidente: raros são os Srs. Deputados que conhecem o projecto que o Sr. Ganha Liai mandou para a Mesa. Não podemos, por isso, discuti-lo sem estarmos habilitados afazê-lo.

Eu assumo a responsabilidade de esta noite apresentar o projecto na reunião do meu Partido, a íim de amanhã nos pronunciarmos sobre ele.

O Sr. Brito Camacho (sobre o modo de votar}:- Sr. Presidente: a menos que se prorrogue a sessão ou que resolvamos manter-nos em seSsão permanente para discutirmos não sei quantos desses projectos, para os quais a Câmara votou a urgência e dispensa do regimento e para discutirmos as duas únicos propostas do finanças que o Governo reputou necessárias para poder viver no interregno parlamentar, nós temos apenas duas sessões.

IC lamentável que assim soja, mas assim mesmo ó quo é.

Uma voz remetido o contra-projecto à respectiva comissão, ela apreciú-lo-ia e amanhã, à hora de reatarmos a discussão da proposta, entregaria o seu parecer à Câmara. Sim senhor. MJIS a Câmara ficaria, então, a respeito do assunto, tam inteirada como atóxagora.

A mesmíssima cousa.

De, resto, Sr. Presidente, ou não sei que sentido faça mandar para a comissão o contra-projecto para que ela o examine e relate, para dopois vir à discussão da Câmara, e continuarmos a discutir a proposta governamental. Podorão, porventura, resultar inúteis algumas considerações feitas em resoluções tomadas, por virtudo/do rolatório que venha da comissão sobre o contra-projecto do Sr. Cunha Liai.

Não se trata de artifícios, trata-se de emendar um grave erro que erro ó ter estado o Parlamento a funcionar há mais de um ano o ainda não ter feito trabalho útil. Esta falta é de todos, portanto todos temos a mesma responsabilidade.

A situação 6 muito simples: ou prorrogamos as sessões, ou_ imponio-nos o sa-

crifício de reduzir os nossos discursos, para se dar ao Governo todas aquelas medidas de que ele carece para viver no interregno parlamentar. A não ser assim, diga-se então, claramente, ao Governo que se vá embora.

Outro com maior competência, com mais decisão e apoio na opinião pública, virá substituí-lo. (Apoiados).

O orador não reviu.

O Sr. Júlio Martins: — Sr. Presidente: são muito justas as considerações feitas" pelo Sr. Brito Camacho. Diz S. Ex.a que todos nós temos resposabiiidados no facto do Pí\rlamento estar funcionando há mais do um ano e só agora, do repente, ir tratar- de propostas de finanças, Essas res-ponsabilidades não cabem ao Grupo Popular

Sr. Presidente : não se queira vor neste assunto uma questão poíítica.

Não tenho confiança uo GovOrno, mas tanto me importa que ele fique ou que só vá embora.

O que o Grupo Popular quere ó que a a Câmara aprecie o trabalho que o Sr. Cunha Liai apresentou.

Queremos saber qual ó o parecer da comissão a respeito desse contra-projecto.

Não tenho medo de campanhas parlamentares. Sei como elas só fazom.

O contra-projecto descerá à comissão se a Câmara assim o resolver. Se não se resolver assim esse contra-projecto será retirado. Mas fiquem certos' de qne, através de tudo, nos manteremos aqui, defendendo o nosso ponto de vista.

Interrupções.

O Orador: — O que é certo é que ó' Governo apresenta nesta altura ura empréstimo ruinoso e umas propostas de finanças que são uma monstruosidade, fazendo eu estas afirmações sem me importar do que se diga lá fora.

Do que se tem feito fica a responsabilidade a nós todos, mas também fica ao GovOrno a responsabilidade da apresentação das suas propostas trôs dias ames do encerramento do Parlamento, (Apoiados).