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Seasào de 13 de Agosto de 19SO

osto não se vota semelhante medida. Não nos vendemos, como os suínos que só podem vender nas feiras.

Não discutimos a honestidade dos homens. Nem conhecemos o Sr. Lacerda; porém, dizem-nos que é honrado e competente.

Fica V. Ex.a muito bem nesse sou papel do guia e orientador das torças vivas. mas guia e orientador assim, abrindo lhes os cofres do Tesouro e dizendo-lhes: tirem á larga, não, não dou o meu voto para isso. (Apoiados}.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Cunha Liai:—Sr. Presidente: j não há como homens superiores para se rirem com superioridade a respeito das afirmações dos outros! Não há como os homens inferiores da minha terra, armados em homens superiores, para terem afirmações que não são capares de confirmar. Eu quando afirmo qualquer cousa, é porque tenho a certeza de que é verdade. O que se fuz lá fora é cousa diferente do que se quorc fazer aqui. Marcam-se créditos, marca-se o montante deles, e rio fim do .ano o Governo dá contas exactas do uso que dolos fez.

Mus nunca se diz aos governos que gastem à larga, que ga-stem -sem couta. Não, felizmente. jE lá os .governantes não se querem impingir como homens superiores, afirmando cousas que não são exactas! (Apoiados}.

O que o Sr. Presidente do Ministério .afirmou ó absolutamente inexacto. Nem no momento da .guerra a Inglaterra disse aos seuss governos que gastassem créditos à larga. Abriam-se créditos, mas marcavam se os limites.

E eu lamento que o homem que foz a afirmação quo eu combato se eníretenha a conveisar, não me prestando atenção.

O Sr. Presidente do Ministério e MinisteD da Agricultura (António Granjo): — Estou ouvindo V. Exoa

O GrSuOi1: — Eu -sei que falo para um homem superior, superior na saa ignorância, superior na ignorância que rovela nos mais pequeninos factos e na inconsciência

com quo nos afirma

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nenhuma, disse e repito, se faz isso. Não •se diz, como o Sr. Presidente do Ministério quere: dêem-me autorizações, que podem ir até ao poder empephar a nação, j Não abuse V. Ex.;i da nossa boa vontade! j Não abuse nas suas afirmações daquilo que supõe que é o resultado das coacções que pretendem exercer sobre nós! (Apoiados).

j^O que é que eu quero significar com estas palavras'?! E que quando alguém vem fazer afirmações como esta, de que em qualquer parto se dão autorizações aos governos para gastarem & larga, faz essas afirmações jrorque sabe que a nossa voz há-de ser coiida através de uma imprensa que a deturpa, e porque sabe que as suas palavras, transformadas para melhor, hão de vir no outro dia a reclamar as suas ideas. (Apoiados}. Mas, repito, não abuse o Sr. Presidente do Ministério das afirmações feitas no ar.

Não, nem mesmo nas ocasiões mais críticas, quando ó preciso gastar a propósito de tudo, podem aparecer governos a dizer: deixem-nos gastar o que quisermos. Não, digam-nos: «precisamosgastar tanto, abram-nos um-crédito nessa importância», e assim está bem. Mas como o Sr. Presidente do Ministério quere, e a seguir a uma autorização que deixa o Governo fazer a respeito de subsistência 'tudo o que quiser, scin contratos nem garantias, quando lá fora se usa exactamente o sistema oposto, não, mil vezos não. (Apoiados}.

Eu sei que amanhã as forças vivas, que compraram todos os jornais, virão com artigos na imprensa a dizer que estamos aqui a fazer um obstrucionismo feroz, mas isso só nos orgulhará.

Nós não podemos confiar num Governo que só tem dado manifestações do inépcia e que se põe às ordens dos Migueis de Vasconcelos que por aí pululam, dos homens que têm feito as campanhas dos suínos e deis forças vivas; daqueles que dizom nas suas assernbleas que meia dúzia de desordeiros pretendem jugular o movimento dos que querem melhorar o país; duquiíles rpe ainda querem quB as acções do Banco do Portugal aumontom mais de juro para eles ©ncherem asburraa. (Apoiadas).