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Sessão tffi 1G de Ayosto de >192

nós no próximo 'inverno veremos complicada a nossa situação relativamente ao abastecimento público, em vez de melhorada, exactamente por mais ôsse 'embaraço • que nos -surgirá, se a tempo o não acautelar nios da circunstância de as estradas -se tornarem por completo intransitáveis. Nestas minhas observ;rç£>es, permito-me refo rir-me em especial à estrada que vai de Ferreira de Zôzere a Tomar, pois que já no ano passado chamei a atenção do Sr. Ministro de então para o. lastimoso estado cm .que ela -se encontrava. Os povos da "região do sail da Boi rã Baixa, par-a se 'dirigirem -a Paialvo, tCm -de dar .uma volta do 15 quilómetros. .Pois no próximo; inverno nem isso poderão fazer, visto que a estnada ostá a inutiiizar-se.

Tenho "passado ali. diversas vezos, e nunca vi que andassem os cantoneiros, a1 proceder à 'conservação do caminho.

Os empregados que tOm por d-evex fiscalizar essa conservação tambCm não aparecem. Daqui vem em grande parte a causa do mal de .que enfermam as esíra-' das. .

•Confio ma acção 'do Sr. Ministro do! Trabalho, e. dela espero o remédio q.ue.-é mester aplicar ..para q-ne consigamos, evi-' tar .qtue todos esses caminhos se tornem em absoluto intransitáveis. Espero -quei S. Ex.a empregará energicamente a -sua acção, passando, se for necessário, por cima de q.uaisqucr influências ;quc possam entravar o fim que.se deve ter -em vista.

TenJ-io- dito.

O discurso será publicado tia íntegra quando- o orador -haja devolvido, revistas, as .notas taquigràfi-cas .

O Sr. Ministro do jGcmaércio (Velhinho Correia): — Sr. Presidente»: ouvi com a maior .atenção «s considerações que o Sr. Abílio Marcai acaba de produzir perante a Câmara, a propósito da má con-• serração da -estrada n.° 123 'C duma ponte que existe .na onesnia estrada.

No decurso dessas suas considerações, S. Ex.a chamou a minha atenção, mdto particularmente, para o estado cm que se encontra a rsfcriéa ostrada,

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juízos, que ela fosse todos'os-anos dotada da verba precisa para a sua conservação. São de .facto de bastante importância i estes 'assuntos. Como importantes os con-j sidero, e, portanto, não poderia jamais | alhear do inirn o cuLdado que merecem. ; O problema da'viação ordinária é, sem j 'dúvida, um dos mais importantes da hora presinto. Eu não desconheço o estado 'absolutamentelamentável, calamitoso mes-j mo, enr que 'se encontram as estradas do País, e não ignoro que-semelhante problema 'é fundamental para a nossa A ida económica -o-social.

É um problema que está em eqiraçào. neste momento em que.to'dos-nósn'os acha-iivos empenlrados por'levar1 a -efeito unia sólida obra de ressurgimento -nacional.

Não podemos obter eficazmente a solução da crise das subsisténcias, como, aliás, •o desenvolvimento económico de Portugal exig-e, sem enfrentarmos o problema da viação ordinária.

Porque :assim penso, c porque assim é, eu tenho 'grande prazer em assegurar à Câmara, e-nisto já vai a minha resposta •ao q.ae .disse o ilustre orador .que mo precedeu no 'uso 'da palavra, o que me deu ensejo ;para esboçar e meu modo de avaliar a importância do 'assunto, que eu tenho procurado já, jicstes p ou cos.dia s ,q-ue têm decorrido após, saqueio em que tomei posse da pastando "Comércio, -con-•eretiz-ar f^ni,propostas de Jci 'tudo aquilo •q,ue eníen-do ser necessário 'fazer-se para tornar possível ao País o possuir, tanto iqiuraito se-consiga, uma boa situação no que respeita a vias .de .comunicação 'e, também,->.uma -situação, pekrmo-nosTazoá-vel/rro q.uo -tocados ^problemas, igualmente importantes, d-os portos, dos caminhos de ferro e."das mmas. E --q-uamto a minas, é o assiauto particularioa-ente interessante, visto que. urg^ agora, mais'do-.que nunca, •obter a .utilização dos nossos'carvões.

ÍJão esqueci também o problema 'áa energia hidráulica. Todos estes assuntos se ligam entre si, e devem ser -considerados constitutivos do magno problema da nossa nacionalidade. (Apoiados).

Para resorvcr este, necep^ário ó que só solucionem aqueles, e sem ís>so imo poderemos pensar num Portugal maior. (Apoiados).