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Di&rio da Câmara dos Deputados

encerramento dos seus trabalhos, e ter ainda muitos assuntos e assaz importantes entre mãos para resolver, não sendo para esses assuntos mais do que escassos os poucos dias que lhe restam de sessões, eu daria cumprimento aos meus desejos, trazendo imediatamente ao Parlamento todas essas propostas de lei, em que, como já disse, tenho concretizado o meu trabalho sobre- os assuntos a que me referi. Vejo que já não haverá tempo para as discutirmos, e, assim, reservarei a apresentação delas para a próxima reunião das Câmaras, se até lá mo conservar na gerência da pasta que hoje tenho a honra do sobraçar.

Não corresponderia às altas responsa-bilidades quo assumi, tomando conta da pasta do Comércio, se não apresentass.o essas propostas.

Como foi de estradas que o Sr. Abílio Marcai tratou, eu ainda sobre o assunto quero dizer algumas palavras mais.

Eu conheço, de visu, o estado das estradas. Ainda ontem tive ocasião de o verificar. Tenho visto que o estado das estradas dos arredores de Lisboa, que iião são, porventura, as que se apresentam, em pior conservação, se encontra de tal maneira qne quem nelas transite e que, como eu, conhecesse as estradas de segunda ordem do front, concluirá imediatamente que estas, niosmo depois de dois ou três anos de trânsito intensivo, estavam em muito melhores condições!

É triste ter de constatar isto, mas é assim, na verdade.

A verba geral destinada a conservação das estradas é insuficiente; a distribuição dessa vorba tem sido mal feita e a organização dos respectivos serviços é detestável.

Não admira, pois, que chegássemos á desgraçada situação em que nos encontramos. E .preciso, repito, resolver este problema, e para isso conta o Governo com a colaboração do Parlamento, ao qual, corno já disse trarei as minhas propostas, elaboradas de harmonia com a situação do Tesouro o com o aspecto prático e urgente que o assunto impõe.

Tenho dito.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquicjrójicas que ITte foram enviadas.

O Sr. Presidente:—Vai votar-se a actaw

Pausa,

Ninguém, pede a palavra, considero-a aprovada.

Seguidamente são aprovados, nos termos das respectivas rubricas, os números do expediente que foram propostos à resolução das assei/ibleas.

É lido o seguinte requerimento:

Ex.1110 Sr. Presidente da Câmara dos Deputados. — Sequeiro a V. Ex.a se digne consultar a Cfimara sobre se consente, a exemplo do que se tem feito nas sessões anteriores, que seja destinada uma hora para a discussão dos projectos que foram autorizados pela Câmara -a ser discutidos e votados antes da ordem do dia, bem como os que constituem a segunda parte da ordem do dia.

Em 16 de Agosto de 1920.—Tavares de Carvalho.

À /Secretaria.

Rejeitado.

Estabelece-se sussurro.

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j O Sr. Júlio Martins:— Sr. Presidente: j isto não pode ser. Ou resolvemos entrar duma vez para sempre num trabalho prático ou o melhor é irmo-nos embora. Tenho dito. O orador não reviu.

O Sr. Brito Camacho: — Tinha pedido a palavra para fazer as mesmas considerações que acaba de fazer o Sr. Júlio Martins.

Faltam três ou quatro dias para se encerrar o Parlamento e estamos a gastar o tempo com cousas insignificantes que não perdem com a demora.

Pregunto, volado o requerimento do Sr. Tavares de Carvalho, a que horas se entra na segunda parte da ordein do dia ?

O Sr. Presidente: — A aprovação do requerimento do Sr. Tavares de Carvalho importa a substituição da segunda parte da ordem do dia.

O Orador: — Peço a V. Ex.a que me diga quantos projectos estão marcados para a segunda parte da ordem do dia.