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Scsa&o de 16 de Agosto de 1920

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que já estavam marcados na sessão anterior; se for votado o requerimento, os respectivos projectos substituem esses na discussão.

O Orador:- Isso não pode ser. A segunda parte, da ordem do dia tem sido prejudicada. .

Apartes.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: —Vai pfoceder-se à votação do requerimento do Sr. Tavares de Carvalho.

Foi rejeitado.

O Sr. João Camoesas: — Requere que entre em discussão determinado parecer.

Consultada a Câmara, foi rejeitado o requerimento.

O Sr. Presidente : — Na sessão anterior foram votados antes da ordem do dia alguns requerimentos para entrarem em discussão os diversos pareceres, que passo a ler.

Estos pareceres deviam ser votados na hora destinada a Cssos projectos, e, não o tendo sido. desejo1 que a Câmara se pronuncie sobre se entende que esses projectos, para discussão dos quais recaiu uma resolução da Câmara, entrem em discussão.

S. Ex.a não reviu.

O Sr. Brito Camacho:—Trata-se ainda de prejudicar a ordem do dia.

Se houve razão para não aprovar o requerimento do Sr. Tavares de Carvalho, também há razão para se não discutir* agora esses projectos. (Apoiados).

O orador não reriu.

O tír. Presidente: A razão por que faço esta consulta à Câmara é porque já houve urna resolução para eles serem discutidos.

S. Ex.a não reviu.

Foi rejeitado.

(J Sr. João Luís Ricardo (em negócio urgente):— Infelizmente bem contra a minha vontade, é esta a segunda vez que tomo tempo à Câmara para tratar de assuntos que dizem respeito ao período íle tempo cm que eu fui minísí?o0

Em volta da minha pessoa tem-se feito uma cabala que eu desprezo, mas acerca da qual eu não podia deixar do vir à Câmara falar perante o PÍIÍS. Eu fui julgado sem ser ouvido, o que constitui um atentado à minha honra (Apoiados), nos termos d;i sentença do Sr. Juiz Lereno.

O Sr. Pais Rovisco:—Esse juiz ó de carreira?

O Orador: — Isto mostra bem a inteligência do integérriino juiz que julgou.

Vejamos cm que houve ilegalidade.

Eu não touho aqui a sentença pois sábado e domingo, estiveram os ministérios fechados, e tornava-se urgente que eu hoje viesse à Câmara tratar do assunto.

Veja a Câmara os termos do meu despacho.

O preço da farinha era de 5,12 e para as fábricas de bolachas era de 5,20.

Este despacho foi comunicado à casa importadora e na Direcção do Comércio Agrícola abriu-se uma conta corrente com a referida casa.

Um mês depois, essa casa pedia guias para o transporte da farinha para Lisboa, para as pastelarias e hotéis.

Esta casa negociava tão libérrimamente quo até anunciava em jornais a venda desta farinha e a fiscalização nunca se importou com isso.

Vorificou-se ainda que no dia 25 de Julho, estando eu já demissionário, um facto muito curioso sucedeu.

Veiu-me à mão uma carta enviada por esta casa a uma firma de Albergaria, fazendo cedência da farinha ao preço de $95.

O orador leu a carta.

Agora veja-se o meu despacho.

Foi rialmente feita a apreensão nesse dia e a casa oficiou à Direcção Geral do Comércio Agrícola, nos termos que passo a ler.

Agora veja-se a informação da Eepar-tição ao Ministro que me sucedeu, como se deve ver também o despacho do Sr. João Gonçalves.

Quere dizer, o Sr. João Gonçalves, com o seu concordo, suiiciuuOii o meu despacho, e nem ootra cousa podia fazer.