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O ,Sr. SáiBereira:—Sr.. Presidente: as coBsideragões que pretendo afazer .-referem-se :a.asstimt0 de política )g.er

P/nu sã.

Entra na sala o Sr. Presidente 'do.Ministério.

O Orador:—Desejo que V. Eíx.a'tenha ;a "gentileza ;de oíivdr asminhas-eonsidera-•eões, porque elas mão podem/passar despercebidas ao Governo,

Sr. Presidente: concordo plenamente em que se faça a equiparação dos funcionários, pois necessário se toma acabar com as anomalias que existem.

Mas eu quero -aproveitar o ensejo 'para dizer que não basta só 'daT dinheiro aos 'funcionai-los.

V. Ex;a certamente nã'o-desconhece que o funcionalismo público em 'Portugal é rama cousa contra a qual existem .as'mais graves queixas ; -a maior parte dele é ainda'do tempo da monarquia, e-aqnieles.que já entraram depois de implantada a Ke-•púbhVn. julgam, 'que 's'ó têm a 'receber ;o dinheiro e atacá-la.

Eu devo .dizer que não há nada que joae po&sa 'doer 'mais 'qire 'é estar 'a contribuir 'para que sejam melhorados aqueles que são. inimigos da Eepública e qiie, por tal, são inimigos tia Pátria.

V. Ex.;a lembrasse muito bem do :que sucedeu com a '.nomea-ção da primeira comi s-sao'p ara'fazer o 'saneamento do nosso funcionalismo; essa comissão foinomeao^a após -a 'vitoria 'de 14 'de"Maio e, 'depois de iniciados os trabalhos, 'alguém-nesta e'asad'0 Parlamento propôs que o afasta-"mento "se fizessB com 'aTedmjão^eBOTpojr cento, o que deu motivo 'a que 'a 'reparação fosse "mínima, porque 'O .Ministro dais Finanças, ;de eilfão, Sr. Vitormo 'Gruima-rães, alarmado com 'o extraordinário aumento de despesa,-pediu-que se'parasse com-o saneamento, 'e D que'é facto-è -qiue êfe nlo :SB fez -e 'as repartições vcoirfrmia-ram :cheias -de criaturas desafectas rà7Re-páibliea.

V-eio ;ã(epiois--aTiutóinia ide .iMonsaato, e /resolvido .fazer :nov.amenite o.sa-, í&em-os "80 por eenta, nós pré-. senciámos dsto .qiroié v.erda dekame.iiíte.fantástico : as várias comissões J-imitaram-se.

Diáríoda Gamava doa .Deputados

.a faz;er -o afastamento -d-alguns funciona-rios, em percentagem -m-mima, de maneira que o Estado .continua .-sobrecarregado -.com -funcionários desafectos .às Instituições, .q.ae por igual .nSo cumprem os «eus ' deveres.

V. 32x,a sabe que na várias .categoocias de. funcionários.

Há funcionários que .recebem o dinheiro -e mão 'vão às repartições,; há.funcionários ,q,ue va\o assinar o ponto, indo ;de-.pois ^.asse/ar, parecendo -que não Jaá .directores gerais, ^ou chefes de .repartição :que vejam isto, naturalmente porque fa-;zem o mesmo; há funcionários que vão à .repartição, mas não trabalham e-passam "o 'tempo a ler jornais e .a dizer mal .das Instituições o. dos seus ^homens"

Parece-me pois que ,a JJep-úbJica não deve ter ao seu serviço homens que não cumprem os seus deveres.

.Sr. Presidente: a.-minha maneira de ver á .a seguinte: o.s funcionários têm o direito ,jde receber o preciso para se^sustentar, mas têm obrigação do cumprir os sr-us deveres; e, quando tal não suceda 'a Eepública só teui nina cousa a iazer, q-uc é demiti-los, porque ela não pade continuar a ser mal servida.

'Sr. Presidente: vO "jrurior 'cie "todos os .-escândalos -que eu .conheço é o -seguiníe: E.u 'eGaíheço um .determinado indivíduo •ípie ;me ídisse isrer 'tá 14 anos funcionário do Estado, mas que há 10 anos que não ia íi "íie-parlíção, :qupre .dizer dosde q,ue foi pjTockimada a Jíep.ábliica, indo no-'emtanto Díodos os "mp.ses receber os ordenados.

Eu, -^Sr. Presiden^ .acabaria com os 'serões 'e .:obrig

Sabe V. Ex.a que junto com ''esta pr-o-^posta se M-de votar -a Tedr.ção dos quadros.

Os primeiros a saírem para fora dos quadros devem ser os que não vão às repartições. Eu rião sei qual é a orientação do -GovBrno *a reste jesp.eito.