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lutara ente convencido de que falo para o país, e estou convencido de que o país me íiá-de ouvir.

Dou-me, pois, por satisfeito, e não por magoado pelo Sr. Presidente do Ministé-rio não me ligar importância a mim, que sou um simples Deputado.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro da Agricultura (António Granjo): — Tenho por si a maior consideração. Não posso, e foi o que disse, estar a olhar para quem fala. E absolutamente impos-sí7el.

O Orador: — O Governo devia ter entrado numa conciliação coin os ferroviários, para ver se podia conseguir o acordo das duas partes, transigência de parto a parte.

Apoiado do Sr. Ministro do Comércio.

O Sr. Dias da Silva:

inas não transigiu.

-Y. Ex.a apoia,

O Sr. Ministro do Comércio (Velhinho

Correia):

-Transigi ao máximo até.

O Orador: — Era preciso quo realmente, de parte a parte, tivesse havido transigência, para se chegar a um bom caminho. (Apoiados).

Estou convencido de que o Governo teria, chegado a um acordo senão usasse de represálias para ninguém (Apoiados), porque o facto dum indivíduo ser grevista não basta para se usarem represálias, para mandar prender. Isto não se deve íazor em nome da liberdade e da igualdade.

Numa República o Governo deve ser liberal tanto quanto possível, tanto mais com uma classe que se tem mostrado ordeira, e sempre assim se tem mantido em todos os movimentos.

Não posso dar indicações porque não estou para isso habilitado; mas se acaso íôsse precisa qualquer intervenção por parte da classe trabalhadora e organização operária, não tenho dúvida nenhuma de intervir para c|iie se chegue a uma troca de relações, para que os Ministros os recebam.

O Sr. Ministro do Comércio (Velhinho Correia):—Recebi-os sempre.

Diário da Câmara dos Deputados?

O Orador:—Este estado de cousas è prejudicial a nós todos.

Vi nos jornais que o Governo ia conceder aos ferroviários 60$. Não seria muito dar mais 10$ e talvez tudo se resolvesse.

Estou convencido de que os ferroviários aceitariam os

Uma voz:—Para quem pedia 100$...

O Orador:—Não é porque tenhamos desejo de que esteja nas cadeiras do Poder o Sr. Granjo ou outro qualquer homem, mas sim por desejarmos ver terminado este conflito.

Espero, porém, que o Sr. António-Granjo atenda essas reclamações.

O Sr. Hermano de Medeiros: — Quem

está sofrendo não é a classe trabalhadora, mas sim as outras classes que não podem obter os géneros.

O Orador: — O Sr. Ministro do Comércio não devia ter mandado a guarda republicana invadir a estação do Barreiro.

Isto irrita...

O Sr. Júlio Martins:—E com razão.

O Orador: — Portanto, Sr. Presidente., eu vou concluir as minhas considerações apelando mais uma vez para o Sr. Ministro, para que atenda as justas reclamações dos ferroviários, que são realmente justíssimas e tam justas quanto é certo que a opinião do Sr. Presidente do Ministério é de que é necessário beneficiíir aqueles que trabalham e assim justo é que sejam beneficiados os ferroviários.

Tenho dito.

O Sr. Henrique Brás — Peço a V. Ex.a o obséquio de consultar a Câmara sobre se permite que seja prorrogada a sessãa até se liquidar o incidente que está em debate.

O Sr. Sá Pereira : — Sr. Presidente: eu tinha também pedido a palavra para fazer um requerimento.