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Sessão de Í9 de Outubro de 1920

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O Sr. Presidente: — Os Srs. Deputados que aprovam o requerimento feito pelo Sr. Henrique Brás tenham a bondade de se levantar.

Pausa.

O Sr. Presidente

O Sr. Costa Júnior: -

prova e invoco o § 2.°

Procedeu-se à contraprova.

Está aprovado. Requeiroac utra-

do artigo 116.°

O Sr. Presidente:—Estão sentados 58 Srs. Deputados e de pó 9, estando portanto aprovado o requerimento.

;0 Sr. Presidente

O Sr. Cunha Liai:

dix-mc qual é o quorum'

' O Sr. Presidente: — O quorum é do 66, o tom a palavra o Sr. António Maria da Silva.

O Sr. António Maria da Silva: — Sr.

Presidente: antes de entrar nus considerações que vou fazer, e para satisfação do um pedido que me foi feito pelo ilustre .Deputado o Sr. Gosta Júnior, desejo que V. Ex.a me informe se tenciona ou não interromper a sessão.

O Sr. Presidente: —Eu devo declarar a Y. Ex.a que o assunto tem sido interpretado de duas maneiras.

Primeira: a sessão ser interrompida para continuar no dia seguinte. Segunda: a sessão sor interrompida para continuar horas dopois.

i A obra que se fizesse nào devia ser só \ de um partido mas de todos os republi-| canos, principalmente daqueles que tinham i responsabilidade na governação do país. ; Defendi nesta casa a união- do todos os partidos reunidos em volta de um vulto grandioso da República para que a sociedade portuguesa não fosse prejudicada pelos inimigos que a combatem.

Não queria essa união só para o meu •partido, mas sim que todos os homens da República colaborassem nessa obra verdadeiramente nacional, qual era resolver primeiro a questão política, sem subornos de baixo partidarismo, porque só assim se conseguiria o bem da sociedade portuguesa e ò bom da República.

Não se seguiu esse caminho.

Temos tambOm visto que todas as reclamações que as classes tom feito, tem sido pelo caminho da greve, e por parte dos homens públicos tom havido o assentimento a essas reclamações, o que nos tem levado a uma situação precária.

Eu tenho autoridade para falar assim porque a minha atitude tem sido diferente.

Não quis o meu partido tomar uma situação dominante no poder para que se não dissesse; como tanta vez se tem afirmado, que o Partido Republicano Português quere sempre governar.

Afirmou-se daquele lado da Câmara que o país estava absolutamente divorciado do Partido Democrático, porque assim convinha para engrossar as fileiras dos outros partidos.

Não vai a hora para nós fazermos política de estreito partidarismo, mas de O Sr. António Maria da Silva:—Sr. todos nos sacrificarmos p'elo país e pela Presidente: eu devo declarar a V. Kx.!l j República, fazendo um trabalho de coo-à Câmara que a actual situação Parla- j peração que a todos nobilite.

foi

mentar do Partido Republicano Português i é muito diferente daquela que tinha quando do encerramento dos trabalhos parlamentares, pois que nossa ocasião dispunha duma maioria larga nesta Câmara e possuía ahida maioria no Senado. Podia por si só governar, podia por si só imprimir nos actos do GovCírno aquela orientação do meu Partido absoluta monto ligada ao ^ou programa político.

Muitas vo/es o meu Partido proclamou u união de todos os homens da República, não só daqueles que a tinham fundado V. Ex.a, mas daqueles que a da se ligaram sincc-ramcnti'.

O Partido Democrático foi alcunhado de ser o pior partido que a Nação tinha, e isto pelos homens que à sua sombra medraram e adquiriram situações rendosas.

Ora o meu partido não qu^re dar a sua solidariedade ao Governo, pois não quere responsabilidades cm toda a obra que executou durante o interregno parlamentar.