O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18

Mas isto, Sr. Presidente, n'ão quere dizer qne íaçamos uma obra de-estreito partidarismo.

•Nunca regatearemos-o nosso apoio a toda a obra de carácter económico e financeiro, a única que preconizamos e para cuja efectivação havemos de empregar todos os processos legítimos. (Apoiados*).

Nunca faremos obstrucionismo. Foi um compromisso de honra que tomaram todos os parlamentares do meu partido; mas não nos privaremos, ó claro, do discutir com a largueza que convêm todos os pró-plemas da economia o da finança públicas.

Nós queremos a República prestigiada e havemos de quebrar os dentes à. caiu-nia, para que não se diga lá fora que este partido é composto por criaturas que só pensam em governar-se e em satisfazer as suas vaidados.

Nós havemos de tirar aqui aprovados 11, respectivamente à administração deste Governo. Ele cairá se não cumprir aquilo a que se obrigou perante os homens do mou partido.

Não daremos ensejo a que só faça càantage contra o meu partido, dizendo que os dom ocráticos quiseram derrubar este Governo para irem para lá.

Sr. Presidente: nesta hora angustiosa para a Pátria é preciso que esteja à frente do Governo alguém confessadamentô republicano, uma criatura que não tenha entrado na governação nestes últimos anos. É assim que o país precisa ser governado.

São estas as declarações que tinha a fazer em nome do Partido Republicano Português, e V; Ex.a. que está acidentalmente na presidência e que pertence ao meu partido, Babe bem quanto foram pensadas e estudadas- estas declarações qae acabo de fazer.

O orador não reviu

O Sr. Álvaro de Castro: — Sr. Presidenta, e meus ilustres colegas: começo por mandar para a Mesa, e nos termos .do Regimento, a minha moção de ordem:

Moção

A% Câmara, ouvidas as explicações do Governo, reitera-lho a sua confiança e continua na ordem do dia.

Sala das Sessões, 19 de Outubro do 1920. — Álvaro de Castro.

Diário da C&mWa dos Deputados

Ouvi com a maior atenção as declarações do Sr. Presidente do Ministério completadas pelas declarações do Sr. Minis-/ tro dos Negócios Estrangeiros; assim como ouvi os discursos que nesta casa se proferiram cm análise à obra do Governo.

Não posso deixar de me referir aos homens que na Conferência de Spa tam bom defenderam os nossos interesses.

Era preciso que alguém se referisse a esse ponto, depois do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros ter lido aqui o protocolo do que se passou nessa Conferencia.

É por isso que aproveito a ocasião para, saudando o Governo pela sua acção na viagem do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros a Londres, salientar que ela significa o resultado da obra do Governo da República', não só diste como de qualquer outro, e bem assim a consideração que a todos os povos da Europa merecemos.

Eu entendo, Sr. Presidente, que esta sessão devia ser muito rápida, com respeito a discussão, propriamente da obra do Governo, porquanto essa obra durante o interregno parlamentar resumia-se na publicação de certas o determinadas um-didas que não puderam produzir ainda os sc-us efeito?, dado o_ curto prazo de tempo om que estão em execução.

Eu compreendo quu ulatí tenham erros, mas o Govôrno não se colocou aiuda na situação de pretender que elas representem a verdade absoluta, e tem certamente o desejo de quo a Câmara colabore nessa obra, a fim de a melhorar, facilitando assim a marcha da- República.

O Governo, é certo, precisa, para viver, que seja vota-da- a k-i dos duodécimos.

Ora-, cn creio qae a Câmara a votará rapidamente —para esto ou outro qualquer Governo— porquanto ainda não foi aprovado o orçamento.

Sr. Presidente: não me parece necessária a substituição do Governo para se votarem estas medidas, tanto mais que a comissão de finanças e todas as outras desta Câmara se encontram pejadas de propostas apresentadas não só por este Governo, como pelos anteriores, podendo a maior parte sor inteiramente modificadas pela Câmara.