O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

16

^Pode lá permitir-se-que este?Governo continue; como4 os- seus antecessores sem se preocupar com a oconomia- n-acional ?

Ás afirmações do Governo, feitas;por intermédio db Sr: Ministro da- Guerra; estão bem de harmonia conr ó- desleixo com que se tratam os negócios1 públicos do JPaís.

É extraordinário que, quando tanta consa há a fazer para bem1 da .economia nacional, o Governo se limite a trazer a osta casa um crédito para pagar despesas já%feitas, outras que sé estão fazendo, não se sabendo depois em que foi gasto esse dinheiro, atenta a confusão da-escrita-do Ministério da Guerra.

O1 Sr. Ministro da. Gserra (Hèl der Ribeiro):— Quando V. Ex,a quiser ver a escrita- do Ministério, da Guerra, ela.está bem patente e- clara.

O Orador:—Tsso é bom de dizer, mas impossível de fiscalizar.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ribeiro):— É talvez difícil de compreender, mas é bem clara.

O Orador: — Se o Governo lançasse-as suas vistas para a Itália, teria tido ocasião de. obsorvar que,, apesar de ali se ter dado uma grande conflagração, ainda não se gastou o que em Portugal se vai gás tar com. a greve ferroviária. Agora mesmo se está da'ndo um movimento enorme na Inglaterra, e contudo ainda não se viu até hoje que a. Inglaterra fizesse uma mobilização. K o movimento mineiro inglês é uni movimento que não só preju-aíca. a Inglaterra, mus também uma grande jparte da Europa..

Os estadistas estrangeiros não recorrem a estas misérias intelectuais; mas isto que se dá com este Governo, não tem sido só com ele que só tom dado, mas também com todos que' o têm antecedido.

Sr. Presidente: a, vida sobe d'e custo coastantemente, e as classes trabalhadoras têm de vir para. a rua, e permita-me S. Ex.a que lhe diga que- tive grande, esperança na iniciativa1 do Sr: António (irán-jo, pois julguei que teria a coragem de es^ tabeleeer ov princípio do salário- mínimo,

Infelizmente S. Ex.* acabou por não fazer- nadày e- a confusão-há-de ser-cadsa maior, porque,' em q u ante- se permitir

Diário da Oâmctra^do» Deputado*

à-indústria lucros de'300 por cenío o. ao comércio1 iguais-lucros, não vejo possibi* lidado de s-air desta situação; antes1 vejo que se aproxima a catástrofe, como já tive ocasião de-dizer, e então nem a fôrça^pú-blica valerá, a não ser que lhe -paguem; muito bem, porque ela mesmo se revoltará contra os governantes- pelas- suas próprias dificuldades de vida*

Sobre a qnestão dos lucros exagerados, eu posso citar um facto a que já tenho feito referências nesta- Câmara.

Quando estive /na pasta-' do Trabalho, nacionalizei a fábrica da Marinha Grande, e foram autorizados pelo Sr. Ministro das Finanças .uns certos contos de réis para a sua elaboração.

A quantia não chegava, porênij para a sua laboração.

Apartes.

O que é certo é que emqnanto se não fizer a nacionalização das indústrias, a nossa situação de vida há-do sor difícil, c urge que se faça essa nacionalização e se fixem os lucros máximos.

Sr. Presidente: na gerência do Sr. Lú-ckrde Azevedo, os industriais da vidraça a troco de um aumento ao pessoal, fizeram um acordo.

Além disso eu estou intimamente convencido de que as perturbações internas de que o nosso país p.or vozes se ressente, não podem ser esmagados pela força, mas sim evitadas pola inteligência, criando um bem estai" social que a todos permita viver com relativo desafogo. Só asr sim poderemos encontrar a ordem,-a tranL qúilidade o a confiança indispensáveis à normalização da nossa vida interna e caminhar para o futuro- com- desassombro e segurança.

Emquanto existir o-mal-estardum povo que-tem fome, essa pacificação-não pode ser um facto; é esse exactamente O'iro-tivo que perturba a nossa sociedade, ra-oi-tivo, que uma administração- sábia e inteligente deve- urgentemente fazer -cessar.

Ain-da há dias-, quando acompanhava um-a- comissão de ferroviários ao- Ministé^ rio1 do-Comércio, eu tive ocasião' de veri1-ficar a cor1 macilenta e; doentia- d'61 todos ôlfes-, o que era a prova mais frisanlie^e cabal1 das- privações por- que passavam.