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Sessão de 22 de Outubro r/f W20

Não tenha V. Ex.;i dúvida alguma que uno é chamando 30, 40 ou 50:000 operários às fileiras, que se podem resolver estes conflitos.

Como militar quo sou, Sr. Presidente, felicito-me por ver a disciplina que existe no exército e com a qual o Sr. Ministro da Guerra e todos nós contamos.

Sr. Presidente : uni outro ponto há que se. torna necessário esclarecer, qual é o que diz respeito à alteração da ordem pública. '

O que é certo, Sr. Presidente, é que durante o interregno parlamentar os boatos de alteração da ordem pública circularam constanteruente, c com pasmo meu, vejo que o Governo até certo ponto os vem confirmar apresentando-nos esta proposta de lei.

O que eu desejaria, Sr. Presidente, era que o GovGrno declarasse claramente ao Parlamento e ao País quais os elementos fundamentais de desordem que poderão perturbar a vida nacional.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ribeiro) (interrompendo):— Para evitar e reprimir as conspiratas, não é preciso chamar as classes licenciadas, porque os elementos que o GovGrno tem chegam bem para isso.

O Orador : — Chegámos a este bonito estado, de 'ser necessário um soldado por cada metro de linha férrea.

O Sr. Ministro da Guerra (Helder Ri-beiro) (interrompendo]:—Não é para isso, Sr. Deputado: é para garantir a vida de quem viaja.

O Orador:—Registo as palavras de V. Ex.a

Quere dizer, em Portugal a vida está •sujeita a essas ameaças.

Estamos nós censurando os estrangeiros que fazem a propaganda do nosso descrédito, e somos nós mesmos que fomentamos essa propaganda!

O Sr. Ladislau. Batalha (em aparte):— ; E obra da costureira, l

-O Governo deve proceder de futuro, porque essa ó a sua missão, de forma que não mais apareçam propostas dosta natureza.

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Por minha parte, estou disposto a dar o meu trabalho para que a vida nacional entre na sua normalidade.

O discurso será publicado, na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taqiiigráficas que lhe foram enviadas.

0 Sr. Júlio Martins:—Razão tinha eu ontem quando disse que a Câmara não estava habilitada a votar este crédito, visto-ele não ter vindo acompanhado dum relatório explicativo, para não suceder o mesmo1 quo há tempo sucedeu a um crédito que ainda hoje não se sabe em quefoiemprogadov

1 Com este fica a Câmara sem saber qual é a aplicação duma verba tam elevada l

Vai já passado um ano depois da célebre perturbação da ordem pública, para a qual se votaram 3:000 contos, e não sabendo nós ainda qual a sua aplicação.

Nesto momento, em toda a parte com sugestão, ou sem sugestão, todos os Governos estão preocupac'03 com as questões financeiras dos respectivos países.

Areja-se a última reunião da comissão de finanças da Câmara dos Deputados francesa, que pela voz do seu presidente da comissão de inquérito pediu a descri-minação das verbas que eram indispensável cortar nos respectivos orçamentos, não «e adoptando a rubrica geral.

O Parlamento compenetrou-se tanto desta necessidade, que qualquer crédito que vem à sua consideração, é descriminado em orçamentos pelo Ministro das respectivas pastas.

Preguntou-se se o cródito pedido de 3:000 contos, ó para pagar despesas já feitas, ou que estão a fazer-se.

O Sr. Ministro respondeu que realmente as despesas já estão correndo e que o crédito se destina ainda a despesas que porventura tenham de ocorrer.

é São 30:000 homens ?

£ Quantos das fileiras estão adstritos ao problema da ordem pública?