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Sessão de 28'Je Q.utu&ru de 1920'

Mas há mais! Esses homens que têm as comedorias, só V. Ex.as forem verificar todas as consultas dos hospitais, eu desafio V. Ex.as a que encontrem lá os nomos dos assistentes remunerados de Santa Marta. Estão lá, sim, assistentes, . mas são voluntários, quo não têm remuneração alguma.

Sr. Presidente: o Dr. Azevedo Neves deixou de mencionar uma cousa, e essa é grave. Eu vou mostrá-la à Camará.

Havia —e era o hospital que pagava nesse tempo, mas acabei com. isso— uni posto de socorros em Santa Marta, assistido por assistentes escolhidos pelos professores. Ora, ainda há poucos dias, a po: pulação da capital foi emocionada pelo crimo passional duin oficial da marinha, que assassinou, na Rua do Salitre, uma senhora e tentou suicidar-se.

Os ferimentos eram de morte, mas o que é facto ó que 110 hospital de Santa Marta não se encontrava nenhum assistente para lhe prestar socorros! j Se agora lá for alguém pedir socorros, tain-bêin não está lá ninguém!

Sr. Presidente, como já diss'e atiro a responsabilidade de tudo quanto estou dizendo, para cima do ilustre Deputado Sr. João Cainoesas, que provocou as minhas declarações, e a Câmara, se entender, que me diga «e devo ou não devo coniinuar neste sudário.

Vozes: — Diga, diga.

. O Orador: — Sr. Presidente, ou não sou sócio dê ninguém, prezo muito a minha honestidade o respeito a Pátria e a República e também um filho a quem quero deixar um nome honrado.

Vamos ao resto.

Toda a gente sabe que Custódio Ca- j beça fez a enfermaria do Hospital Esto-fânia.

Craveiro Lopes tem a 'enfermaria de que é director, um brinquinho. Gentil tem gasto do seu dinheiro e do que lhe dão, pois a dotação que tem ó misérrima. ^Se essa dotação em 1906 não chegava, o que será agora ?

Com o encarecimento da mão de obra c dos materiais, ó uma verdadeira vergonha semelhante dotação.

Sr. Presidente vamos ao resto. j

Maodou fazer um antecessor men o ,

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compte renda do que comiam os assistentes, — e nem todos comiam! — e tenho-o aqui presente, sendo edificante na discriminação das suas verbas.

O açúcar requisitado é que não corresponde com o chá requisitado, porque de chá só foram pedidas 800 gramas.

Eu não queria trazer isto para aqui, mas já que me obrigaram, vou ato ao fim. A responsabilidade do decreto ó do Sr. Ministro, mas a sua factura deve-se a mim, pelo que assumo a necessária responsabilidade. Honradamente eu estarei no posto de combate que a República mo confiou, e hei-de defendê-lo com amor e a própria vida se necessário for, sem a procupação de que Hermano de Medeiros se abaudalha ou se associa com alguém para maus fins.

Coelhos também se comeram, e eu não os como porque o subsídio não me chega. Consta do documento quo se comeram coelhos, e foram bastantes.

Sr. Presidente: ó longa a libta e eu envergonho-mo de continuar na sua leitura. Vou pois, encerrar as minhas considerações, mesmo para que o Sr. João Camoesas responda a elas; mas antes de terminar não quero deixar de dizer o seguinte : ao passo quo estes abusos se dão, e nada dos géneros citados faz parte do formulário p ara alimentação nos hospitais, os meus doentes do hospital, nesta crise angustiosa em que todos vivemos, têm ao almoço dois decilitros de mau café e um quarto de pão da Manutenção Militar, quo muitas vezes cheira mal e ó mal fabricado.

Tenho dito.

O orador foi muito cumprimentado.

O discurso será publicado na entegra, revisto peio orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhes foram enviadas.

O Sr. João Camoesas : — Sr. Presidente, eu que ti voa honra de levantar este debate, não podia de fornia nenhuma conservar--me silencioso depois do que os Srs. Ministro do Trabalho e Hermano de. Madeiros disseram à Câmara.