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Sessão de 28 de Outubro de 19W

as circunstâncias e necessidades das várias instituições que ia subsidiar, e como nein sempre as podia avaliar por mim, logo que qualquer pessoa idónea, governador civil, Deputado ou Senador, me solicitava um sudsídio, alegando a absoluta falta de recursos da instituição que patrocinava, concedia-lho, sem olhar à cor política do impetrante (Apoiados}.

Aqui tom S. Ex.as como eu fiz e faço política neste assunto. Se é política salvar da ruína algumas instituições de beneficência, posso bom com as responsabilida-des dessa política. (Apoiados).

O critério que tomei para a distribuição de subsídios derivava do conhecimento mais ou msnos exacto da região que ia subsidiar. E aí está porque subsidiei mais largamente a cidade e' distrito de Coimbra. Foi, sem dúvida, critério igual que orientou os Srs. Ministros Dominguer dos Santos e Bartolomeu Severino, meus antecessores e correligionários do Ss. João Camoesas, quaando favoreceram mais os distritos do Porto e Viseu, respectivamente, na concessão de subsídios análogos. E que o critério não é censurável mostra-o o facto do Sr. João Camoesas não vir aqui censurá-los. (Apoiado*).

Por último quero fazer notar à Câmara e ao Sr. João Camoesas, que tendo desempenhado, há muitos anos, cargos políticos de destaque, e concentrando em volta de mim uma força eleitoral de comprovada influência, num dos distritos mais importantes do País, não usufruo benesses de qualquer emprego público, além daquele que alcancei por coucurso e cuja carreira tenho seguido nos precisos termos legais. (Apoiados).

Da política, Sr. Presidente, só me tem advindo encargos, contrariedades, desgostos, canctúras. Da política só tenho usado em beneficio dos outros o do meu País. Hoje mesmo ocupo êbte lugar com tal sacrifício de interesses e de saúde, que só eu posso bem avaliar.

Tenho dito. (Apoiados).

Vozes: —Muito bem, muito bem.

O Sr. Hermano do Medeiros : — Como V. Ex.:i me diz que não pode concedor-me a palavra para explicações, requero a V» És..* quo consulte a Câmara sobre se permite que eu uso da palavra sobre o

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assunto, inclusivamente, só necessário for, em negócio urgente, pois que se trata duma questão terrível. O orador não reviu.

• O Sr. Ministro do Interior (Alves Pe-drosa): — Sr. Presidente: por informação que me foi dada pelo meu colega da pasta da guerra, tive informação que o ilustre Deputado Sr. António Francisco Pereira fizera nesta Câmara algumas considerações a propósito da realização duma procissão na vila da Moita, e bem assim em relação a uma projectada procissão em Cacilhas.

lio cumprimento do dever que me impende, de, como Ministro do Interior, dar, prontamente, todas as explicações que me sejam solicitadas pelos Srs. parlamentares, eu venho responder àquele Sr. Deputado, começando por dizer que no meu Ministério se faz sempre cumprir as disposições das leis. Reportando mo ao caso especial da que se trata, devo informar que ao pretendor-se realizar a pro-c;ssão na Moita, recebi no meu Ministério várias reclamações para que não se consentisse a realização desse acto religioso. Tive emxface do que se passava o procedimento que julguei ser aquele que deveria justamente adoptar.

Foi ele o de deixar inteira e livre iniciativa a quem de direito tem a manutenção da ordem pública, que é o respectivo governador civi'. (Apoiados).

Nestas condições, Sr. Presidente, eu tive um entendimento com o Sr. Governador Civil do distrito de Lisboa, de forma a ficar bem salionte que ele era para comigo o único responsável de qualquer . alteração da ordem pública que pudesse dar-se na Moita, em consequência da procissão. Tive a felicidade de constatar que tal procissão se efectuou sem a mais pequena alteração da ordom. na localidade.