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Diário da Câmara dos Deputado»

Logo que fui Ministro, fui ver a escrita c verifiquei que não era possível .qualquer esclarecimento.

Se substituísse o gnarda-livros seria pior. Era tornar ainda mais caótica aquela administração.

É preciso que o Parlamento tome uma resolução sobre este assunto, se os navios devem sair da posse do Estado, ou continuar na administração do Estado, porque neste caso é necessário dar-lhe uma outra organização.

O orador não reviu.

O Sr. João Camoesas : — Sr. Presidente: pedi a palavra simplesmente para agradecer ao Sr. Ministro do Comércio os esclarecimentos - qno me prestou e a esta Câmara, a propósito das minhas considerações de há pouco.

Multo terei de me congratular se S. ,Ex.% fazen Io boa a sua promessa, ordenar uma rápida, enérgica o justa averiguação do valor rial das dívidas contraídas pelos Transportes Marítimos.

Segundo os boatos que correm pela cidade, algumas das reparações a que há pouco me referi estão facturadas por dez, doze e mais vezos o seu valor.

Ora o Sr. Ministro do Comércio sabe muito melhor do que eu, quais os meios de fazer luz sobro tal assunto. Eu, como membro desta casa do Parlamento e como amigo de S. Ex.a terei o maior prazer em que se proceda sem perseguições, mas de forma a fazer inteira, completa e ampla justiça.

O orador ?ião rexiu.

O Sr. Presidente: — Estão p rebentes 69 Srs. Deputados. Está em discussão a acta.

h aprovada a acta.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente:—Vai passar-se à ordem do dia: continuação do debato sobre as declarações do Sr. Ministro das Finanças.

O Sr. Cunha Liai: — Sr. Presidente: V. Ex.a pode-mo informar sobre se o Sr. Presidente do Ministério tenciona ou não assistir ao debate?

O Sr. Presidente: — Não posso informar V. Ex.a Sei que o Sr. Ministro das Finanças se encontra habilitado a assistir à discussão; no emtanto eu vou mandar avisar o Sr. Presidente do Ministé-

rio.

O Orador: — Se eu fiz esta pregunta foi apenas por uma questão do lialdade e para que se não dissesse que eu Hzera qualquer apreciação à atitude de S. Ex.a na sua ausência.

A discussão do contrato dos trigos e do carvão tem-se arrastado, embora proveitosamente conforme muitos oradores o afirmaram, incluindo os próprios Ministros que o assinaram.

Eu tive a infelicidade de ser atacado pelo Sr. Presidente do Ministério em termos que me deixaram muito mal ferido, segundo a opinião de S. Ex.a que comparou a minha inteligência eom um-oceano cujas margens se não conseguiam avistar, naturalmente por S. Ex.a ser demasiado míope. S. Ex.a proferiu palavras, algumas das quais teve de retirar, para convencer a Câmara de que ou nenhuma razão tinha nos ataques que lhe dirigira e com elas S. Ex.'"1 deixou-mo quási moribundo.

Fiquei tam combalido depois das irónicas palavras do Sr. Ministro das Finanças, do irónico ataque do Governo quo me lembrei não sei a que propósito duma velha fábula do Phodro, das palavras que desde os meus tempos de escola mo ficaram gravadas.

Mas, Sr. Presidente: assim confessando a pequenez profunda sob o ponto de vista intelectual em que me colocaram estes dois Ministros da Eepública, a cuja inteligência aqui presto homenagem, que ro significar a diferença entre as niinlias-afirmações e as de S. Ex.a

Eu tenho razão, B. Ex.l não. . Tive a felicidade de retratar bem as palavras do Sr. Ministro pois as encontrei transcritas no seu órgão oficioso O Século (Apoiados}.

Procurei noutros jornais, na Luta o on!-tros, mas sono Século as encontrei transcritas textualmente.