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Sessão de 8 de Novembto de 1920

Pena foi que nHo estivesse aqui presente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, para chamar à ordem S. Ex.a quando, numa incontinência, de linguagem, imprópria dum Ministro da República, nos veio dizer que estes 5 por cento, para a respectiva casa ou empresa, se j ustificam pelo j uízo que fazem de Portugal.

Estas incontinência» do linguagem, em relação a países amigos e aliados, não podem estar na boca dum Ministro da República. (Apoiados}.

Isto não impressiona a praça. Isto não impressiona nada.

Tais frases não as emprega uni Ministro.

S. Ex.a disse isso como representante do Poder Executivo, dentro dum Parlamento. [Apoiados].

Sr, Presidente: tais foram os argumentos trazidos à tela da discussão pelos Srs. Ministro das Finanças e Presidente do Ministério, para justificar a maneira por que foi feito o contrato.

Disse o Sr. Ministro da Agricultura que se perderam cinquenta mil contos.

Perde-se muito mais porque a República não quore entrar numa verdadeira política de subsistência, porque a República quere manter uma moagem, acima de nós todos, (Apoiados}] porque a República cjucre continuar a pagar trigo lá fora p.or grandes preços, para dar aos pobrezinhos dá moagem. (Apoiados).

Este contracto de trigos é a demontra-ção completa de que se quere mantrr á moagem essa situação privilegiada,emau-"ter a bicha dos desgraçados que procuram pão. (Apoiados).

È fala-se ern sovietismo, quando ele está organizado dentro da moagem vivendo do economia e sangue.

Está desacreditado, falido, o Estado, à sombra de cuja faiGncia engordam os magnates do País. (Apoiados).

S. Ex.;i estava, em Londres, e dizia nos q no a atmosfera não era de, esperança.

í'j elo quom nos veiu dizer isto aqui.

£ Para que ó quo o Sr. Ministro das Fi- ! nanças foi então a Londres'? -,

S. Ex.% Ministro da República, na í qual só encarnavam as esperanças do País, j tom ali os sou.s íimigos na praça.. . ;

^E como <_4 nas='nas' rãs='rãs' governo='governo' quo='quo' do='do' oadoi-='oadoi-' _.='_.' o='o' p='p' úur='úur' para='para' espfiradçíi.='espfiradçíi.' estando='estando' _='_'>

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confiança aos homens de dinheiro deste País, para desfazer a atoarda de irem com a guarda republicana arrombar os cofres, nos diz isto?

Não é possível um representante dum Governo falar assim: porque o Estado está falido, eles não quizeram contratar com ôíe, e por consequência iinpuseram-Ihe condições leoninas que deviam envergonhar o Poder Executivo, e que o Sr. Ministro aceitou. E este o argumento que só veio trazer ao Parlamento para que se sancionem os contratos qno S. Ex.as fizeram.

íár. Presidente: isto ó impossível!... Não podemos continuar nesta vida!. . .

^ Então assistimos impávidos a que um. Ministro decrete a bancarrota do Estado, a falência do Estado, a desvergonha do Estado, o nós não coramos, nem temos um assomo de dignidade patriótica para dizer a esse Ministro que não pode lançar uma linguagem desta natureza das cadeiras do Podei1?

Mas, o Estado não tem crédito, o Estado está tam leproso, e os abutres da finança, os homens do comércio recorrem a ô'e quando se sentem com a corda na garganta, p^r virtude das operac5.cs ruinosas que fizeram, derivadas da sua ganância?

£ Então o Estado é falido, não tem crédito, o esses soviets precisam que o Governo venha perante ele tirar lhes a corda da garganta, por virtude, da sua incompetência, da sua ganância, e pelas operações de crédito cspantos«fvs que realisaram dentro dum país arruinado?

Mas, reatando o fio das minhas considerações, pregunto: para que se fez este contrato dos trigo, e esta minuta de contrato do carvão ?

Porque o Sr. Presidente do Ministério nos disse qu<_ de='de' faz-='faz-' no='no' contractos='contractos' seus='seus' perdiam='perdiam' cio='cio' dos='dos' quo='quo' trigo='trigo' mil='mil' se='se' não='não' realização='realização' tem='tem' convicção='convicção' a='a' os='os' negócio='negócio' e='e' é='é' contos='contos' perdem='perdem' contos.='contos.' p='p' completa='completa' na='na' esta='esta' quem='quem' _50='_50' afirmação='afirmação' porque='porque' sincera='sincera'>

Mas, atravez da discussão destes contractos, atravçz da afirmação que está de pé, na realidade palpável dos números, o que só vê 6 que estando o preço da tonelada a 600 xelins c o câmbio a 10, o Estado perde 50 mil contos. ^Mas, Sr. Presidente, mantôm-se o câmbio a 10?