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tom vindo por preços do tal forma eleva-los que, p;ira algumas indústrias, são .absolutamente proibitivos, mas que garantem a existência de combustível.

Há indústrias que não podem parar •custo o combustível o que custar.

Há muitas indústrias que não podem viver com carvão a 220/5 si tonelada que •ó o preço actual.

Esses beneméritos que vêm agora oferecer carvão, som comissão, durante muitos meses não só lembraram de apresentar qualquer proposta que se assemelhasse ao contrato em debate.

Então, quando a situação era tam pró-•caria para a indústria, porque senão havia carvão, não apareciam esses heróis que estavam em relações com as negociatas de carvão...

Agora é que lhes deu a vontade do -acudir à indústria nacional. (Apoiados).

Não mo pareço que só deva acreditar aias suas boas intenções. (Apoiado*).

Depois do celebrado o contrato pelo Sr. Ministro das Finanças é que esses heróis oferecem o carvão sem comissão. '(Apoiados).

Há pouco tempo, um dos que teve a audácia de publicar a sua oferta de trigos pedia autorização para levantar do depósito- o trigo que ostava estragado e que .se tinha deteriorado, durante o caminho no navio, em virtude de ser atacado pela humidade. .

Ê>sse trigo, ao ser tirado do navio, verificou-se achar-se ardido, absolutamente impróprio para o consumo do público, .nem para animais servia; contudo esse benemérito queria levantar esse trigo, quási podre para o entregar ao consumo \

Está bem explicada a oportunidade destes contratos.

Diz-se que na nossa província de Angola se podia produzir todo o trigo necessário a Portugal. Eu não creio que exista essa possibilidade imediata.

Creio que num caso extremo se podia Ir buscar o trigo necessário ao Alentejo, onde as existências podem dar para sustentar a capital pelo tempo necessário para arranjar existências de trigo exótico ; mas fazendo isso teríamos depois de enviar para lá o que para cá trouxéssemos. E se o quiséssemos fazer em época mais .avançada do ano, já ali não haveria exis-âências que o permitissem.

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Em Portugal podemos intensificar a cultura dos cereais.

0 !Sr. Ministro da Agricultura tem feito muito nesse sentido, mas muito mais ó ainda possível fazer.

Para ir pôr trigo a Angola ainda ó cedo, sendo porém possível que com a devida preparação esta província ultramarina nos envie esse cereal.

Está, portanto, explicada também a oportunidade de fazer neste momento o contrato dos trigos.

Se fossem efectuados numa ocasião em que não pudesse haver stoclc algum do carvão, ou de trigo, para acudir aos gastos da nação, noste caso faltava-se ao cumprimento dos deveres governativos c então não se podia explicar a oportunidade. Mas assim creio haver-se demonstrado que é o momento oportuno de fazer estes contratos. (Apoiados).

Sr. Presidente: a maneira liai, honesta, como foi dado à Câmara conhecimento do déficit, verdadeiramente pavoroso que se prevê para o ano actual, foi de molde, se não a assustar-nos, a apuvorar--nos, pelo menos a fazer nascer em todos os patriotas a idea da absoluta necessidade de, num conjunto comum de trabalho, podermos fazer fronte à desgraçada catástrofe que se pode avizinhar.

1 São 250:000 contos de déficit!

Pão e carvão são os dois problemas da vida nacional.

Fazendo um pequeno cálculo de quanto importa o ágio do ouro do pão. e carvão que, porventura, tenhamos de importar, acharemos:

;600 mil toneladas de.carvão e 200 milhões de quilogramas de trigo, comprados ao câmbio do 10 custam-nos 150:000 contos de ágio! É uma quantia tam fenomenal que.impossibilita a nossa economia de tonder para um equilíbrio, visto que não temos entradas de ouro que a compensem.

Como já disse temos probabilidades de diminuir o nosso déficit de pfto. É preciso que todos sejamos apóstolos dessa causa. Produzir mais e muito mais e bem aproveitar aquilo que temos.

Não podemss catar a desperdiçar a quantidade de produtos que se pode extrair do trigo»