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SetsUo de 12 de Novembro de 1920

O Sr. Cunha Liai (sobre a acta): —Não ligando demasiado interesse ao debato, visto o País estar suficientemente elucidado, em todo o caso n&o quero deixar do significar n minha estranheza pelos acontecimentos decorridos o a maneira como é encarada unia moçSLo de confiança ao Govôrno.

Esta questão foi posta como uma questão administrativa e como questão administrativa ó que a queremos resolver.

Não temos culpa que das bancadas do Governo, daqueles que apoiam o Governo, tenha saído uma moção que de alguma forma era uma moçíto de confiança.

Quere dizer, o Govôrno, vendo a nossa •atitude, que ó tudo quanto há, de mais correcto, n3,o lhe querendo significar a nossa desconfiança, apesar de efectivamente não podermos ter confianca.no seu bom senso administrativo, não contente -com a generosidade do nosso procedimento, encarregou o Sr. Álvaro do Castro de apresentar uniamoçílò de confiança.

Acoitámos a moção do Sr. António Maria da Silva, mas não aceitámos a do Sr. Álvaro de Castro, porque ela tinha a mais a «confiança».

Se o Governo, depois de rejeitada essa

moção, entendo que deve ficar, fica muito

bem, o nós tambôm ficamos com o direito

de apreciarmos o seu procedimento como

.muito bem entendermos.

O orador não reviu.

O Sr. João Camoesas : — Nilo devem ter sido esquecidas as palavras do membro da junta parlamentar do meu partido que tomou parte no debate.

Não temos necessidade do esclarecer nenhuma palavra.

O Govôrno, polo Governo, não nos interessa. Nós estamos aqui numa atitude patriótica, e não procuramos pretexto algum para o derrubar.

Termino as minhas considerações, dizendo que se o Govôrno entendo que deve continuar, que continue. O Partido Republicano Portnguês nada tem com isso.

O orador não reviu.

O Sr» Afonso de Melo:—Não compreendo que hoje, a propósito da acta, que não pode constar mais do qu© da apro= vaçio da moçlo, s® venha reavivar o de-

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Muito me surpreendeu que o ilustre Deputado e meu amigo Sr. M alheiro Rei-mao tivesse aproveitado a acta para levantar uma questão desta natureza.

Eu preguuto a V. Ex.a, Sr. Presidente, se a acta corresponde ao que se passou na sessão de ontem.

Se assim é, nada mais tenho a dizer.

Quanto ao Governo, sabe bem a atitude que há-de tomar, -e. apenas digo que fazendo parte dele elementos do Partido Liberal, se este partido entendesse que se devia dar outra interpretação às moções aprovadas, diferente daquela que lho deram os seus autores, o directório dôsse --partido já se tinha pronunciado.

Tenho dito.

O orador-não reviu.

O Sr. Presidente: — Informaram-mo que V. Ex.a, Sr. Afonso do Melo, preguntou à Presidência se a acta traduz a verdade dos factos aqui passados ontem. Já fiz essa afirmação: a acta traduz a verdade dos factos.

Os Srs. Deputados que a aprovam queiram levantar-se.

foi aprovada.

Em seguida, foram cpncedidas variai licenças a Srs. Deputados.

O Sr. Presidente: — Vai entrar-se na

ORDEM DO DIA

Continuação da discussão do orçamento do Ministério do Comércio

O Sr. Mem Verdial: —.Sr. Presidente: obedecendo às praxes parlamentares, começo por ler a minha moção.