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Sessão de 2 de Dezembro de 1920

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temos do nos felicitar pela solução desta crise.

O programa, que o Governo acaba de ler à Câmara, tem pontos de vista largos, que se casam absolutamente com as ideas on resoluções que ó preciso pôr cm prática neste momento.

Siga o Governo no sou caminho o no sou destino, o creio quo há-do ser apoiado pelos bons patriotas c republicanos. (Apoiados).

O Partido Popular dar-lho há sempre o sou apoio c Ossc estímulo que o Governo realmente merece.

O orador não reviu.

O Sr. António Granjo:—Apresento, em primeiro lugar, as minhas saudações o respeitosos cumprimentos ao Governo que se apresenta hoje a esta Câmara.

O Sr. Liberato Pinto, se não ó uma figura quo só tivesse salientado na? pugnas políticas parlamentares, ó, eni todo o caso, o parlamentar correcto na sua atitude o expressão (Apoiados), tendo dos assuntos um conhecimento mais largo o profundo do que só afigura a quem não conhece as suas qualidades e virtudes. (Apoiados).

S. Ex.;t ó, sob o ponto do vista republicano, uma figura credora da confiança do toda a opinião republicana. (Apoiados).

Tendo-só batido pela República, não só nos tempos do adversidade, mas na ocasião do triunfo, que 6 porventura, infelizmente, quando nós, republicanos, mais temos de combater pela República, o Sr. Liberato Pinto impôs ao país um nome -que significa equilíbrio e ordem. (Apoiados).

Domais, Sr. Presidente, estas palavras quo são inteiramente sinceras o justas, eram inteiramente devidas a S. Ex.:i nesta ocasião, porque, para com o Governo a que há pouco tivo a honra do presidir e para comigo, de igual modo que para com os Governos anteriores, foi sempre S. Ex.1"1 do uma dedicação quo ia um pouco alóni da obrigação quo lhe impunham as suas íunçõos. (Apoiados).

Os ilustres colegas do S. Ex.a são por igual credores não apenas das simpatias das massas republicanas, mas da gratidão da massa republicana, porque os seus serviços à República tem por várias vezes sido tauí notórios o evidentes que tom

merecido nesta Câmara, de todos os lados,. a mais justa apreciação, encontrando-se-no Govorno duas figuras eminentes, uma das quais, o Sr. Domingos Pereira, já foi • Presidente do Ministério por duas vozes, e a outra, o Sr. Álvaro do Castro, acaba do presidir ao Ministério que caiu perante-a vontade parlamentar. As palavras de elogio quo proferi são extensivas a todos-os- Ministros, dispensando-mo do fazer o elogio de cada um, porque, além do não me caber fazô-lo por estar cm oposição,, seria banal, supérfluo c fastidioso, como» se diz na comédia.

Sr. Presidente: em nome do Partido» Republicano Liberal, tenho do definir ai sua atitude perante o novo Governo. Essa, atitude é de. franca c leal oposição-' (Apoiados), oposição como nós a entendemos, som levantar dificuldades do Carácter político, a não ser quando a dignidade da República ou a dignidade do> Parlamento o imponham, e cooperando,-colaborando com o Governo c com a maioria parlamentar na resolução dos-problemas económicos e financeiros cuja, solução se impõe, e a nós é imposto pela-própria Nação. A atitude do Partido Republicano Liberal fica, pois, assim definida.

Permita-me agora V. Ex.a, Sr. Presidente, que faça algumas observações sobre o programa apresentado. Sob o ponto-de vista financeiro e económico, traz-nos Ole algumas afirmações quo são excessivamente genéricas, dizendo, sobro finan--ças, que se vai fazer a compressão das despesas o o aumento das receitas, o, com respeito a economia, quo se fará a restrição das importações, o aumento dai produção e o desenvolvimento da exportação.

Trata-se, pois, de afirmações qne cabem dentro de todos os partidos, de fórmulas-que cabem dentro de todas ás situações, as mais graves ou as mais normais. Eu e o meu Partido aguardamos, por consequência, que o Governo apresente os seus pontos de vista concrcta-rnentc, em propostas de lei, para as apreciar devidamente.