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Sessão de 7 de Dezembro de 1020

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Eu quero ler a S. Ex.a a moção que então foi aprovada por unanimidade por esta Câmara e que deu até lugar a adágios de certos jornais que defendem o dezembrismo.

Permita-me a Câmara que eu lembre ao Sr. Leote do Rego que o Parlamento não esqueço aqueles que sofreram pela República.

O orador -lê a moção votada na sessão de 8 de Dezembro do ano anterior.

Esta moção estava assinada por mim, pelo Sr. Nóbrega Quintal e Eduardo de Sousa.

Tenho dito.

O Sr. Alves dos Santos: — Sr. Presidente: pedi a palavra para me associar à homenagem prestada pelo Parlamento aos mortos republieanpy em luta com outros republicanos, faz agora três anos por ocasião do sidonismo.

O Partido Republicano Liberal, perfeitamente integrado nas ideas modernas, não pode deixar de considerar patrióticas e de alta justiça as palavras que foram proferidas aqui em honra dos mortos e daqueles valiosos republicanos que, em nomo dos interesses colectivos e da honra da Pátria, terçaram armas para valorizar uma obra começada em 5 de Outubro do 1910.

A Republica está consolidada e não há sidonismo, presidencialismo ou república nova que seja capaz de a arrancar do coração do povo. (Apoiados}.

Em nome do Partido Republicano Liberal, associo-me pois a essa homenagem de justiça, cumprindo assim, o nosso dever.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Carlos Olavo: — Sr. Presidente : a resistência que foi feita por todos aqueles que morreram e pelos que estão vivos, contra o chamado sidonismo, foi a resistência da legalidade, a resistência de todos os patriotas para quo não fosse postergado o alto compromisso tomado pela Nação Portuguesa de intervir ao -lado dos ãltãuus uus campos de batalha, pugnando assim por todos os princípios constitucionais,

NFio posso, pois, deixar de prestar ntsíHiii a minha homon9£0in àqueles que

morreram e àqueles que estão vivos e que concorreram com o seu esforço e com o seu sangue para o prestígio da República.

Sr. Presidente: não faço distinções entre aqueles homens que se bateram nos dias õ, 6 e 7 de Dezembro, pois, entendo que lutar nas condições em que eles o fizeram é reunir todas as qualidades de coragem e todos os actos de resistência que são praticados por todos os heróis.

Sr. Presidente: não faço distinções, repito, entre esses homens que se bateram pela República e entre os quais figuraram os Srs. Álvaro Pope e Sá Cardoso e que eu não posso esquecer, assim como esquecer não posso o chefe do meu partido que, estando em Moçambique, abandonou o seu lugar de Governador para se não sujeitar à nova ordem de cousas.

O Partido de Reconstituição Nacional é formado por muitos daqueles que prestaram à República o seu concurso, o seu esforço e coragem, muitos dos quais não estavam em Portugal, como eu, que estava então em França e que pena tive de não estar então em Portugal para me juntar a eles em defesa da República.

O Partido de Reconstituição Nacional dá, pois, o seu apoio e o seu voto à proposta mandada para a Mesa pelo ilustre Deputado Sr. Leote do Rego, pois entende que é um acto de justiça que se presta a todos aqueles que lutaram pela República, dando-lhe a seu concurso e o seu esforço.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Domingos Cruz: — Deve hoje votar-se a questão prévia aqui ontem apresentada, e a hora avançada da sessão impõe-me o dever de ser o mais breve possível, dada a necessidade que há de se constituírem as comissões. Não são porém cinco minutos, que peço à Câmara, que irão prejudicar o importante trabalho quo é urgente.

Mas, tendo tido a honra de voluntariamente me encorporar na coluna de marinha, quo fez a jornada gloriosa ao Kato, fui companheiro das heróicas figuras que hoje aqui se glorificam.