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Sessão de 14 de Dezembro de 1920

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coes pitorescas dadas àqueles que desempenhavam determinadas funções no exército;» Hoje todos esses serviços são dignos da nossa consideração e respeito.

O Sr. Nordeste, bem como os outros Srs. Costa Dias, Vitorino Guimarães, que todos conhecem, não têm desmerecido a nossa consideração.

Quando do combate de 9 do Abril 6 Sr. Vitoriuo Guimarães .portou-se de tal maneira que mereceu ser agraciado com a Cruz de Guerra, com muita justiça.

Aqui tem V. Ex.a como estes Srs. tem merecido a confiança do país.

Por isso foi nomeado secretário geral da delegação à Conferência da Paz, depois adjunto do Sr. Guimarães, como delegado iia comissão de reparações, sem remuneração superior à que já tinha.

Como assunto que ainda diz respeito ao tratado de Versailles, criou-se uma comissão de reparações tendo, por fim estudar as reclamações dos países contra a Alemanha, pelos prejuízos causados durante a Guerra.

Nessa comissão, embora não pudésse-mos ter tido um representante, que mais eficazmente pudesse intervir, temos um delegado que tem direito a ser ouvido e a intervir na discussão, como já tem intervindo, quando para isso é convocado, algumas vezes com dois ou três dias de antecedência, o que mostra a necessidade desse delegado estar em Paris para, quando for chamado, poder defender os interesses de Portugal.

Foi para esse lugar o Sr. Vitorino Guimarães, o depois o Sr. Nordeste, tendo-lhe sido abonadas oito libras.

Requereu para que lhe fossem abonadas vinte libras, passando apenas a adjunto do Sr. Vitorino Guimarães.

Foi instado para- ficar com o serviço de expediente do arquivo que diz respeito à Conferência da Paz,

Agora é caso para dizer-se que essa grande remuneração é também extensiva a essa comissão.

Sendo também remunerados, é caso para estranhar o pedido instante pela demissão dos seus cargos, tendo dito .não poderem continuar além duma certa data dêsío mês, porque os prejudicaria na sua vida, © reclamavam ser substituídos imediatamente em França,

O Sr. Eduardo de Sousa: — O que lamento é quê não fosse o chefe da comissão, Sr. Afonso Costa, que desse essa indicação, ou preguntasse se esses cavalheiros deviam ou não ser destituídos. Isto ó que é um facto.

Sussurro.

Uma voz:—£ Então ó esta a questão de que estamos tratando?

Vozes: —Não é esta. Novo sussurro.

O Orador: — Lamento que alguns Srs. Deputados me queiram coartar o direito de me referir a esto assunto, quando ó certo que, ontem, com prejuízo do tempo destinado â ordem do dia, embora depois se tivesse alongado, ele foi aqui largamente tratado. Pretendo apenas esclarecer a Câmara e parece-me que, desde que se trate dum assunto desta natureza, só há vantagem em que tudo se esclareça.

O Sr. Eduardo de Sousa continua a confundir-se porque já há meses que o Sr. Afonso Costa não pertence h delegação portuguesa e, por consequência, não tem de intervir neste caso, nem de ser consultado, nem de dar indicação.

O Sr. Eduardo de Sousa (em aparte):— Rogisto, apesar de nada. ter com as contribuição de registo...

O Orador: — V. Ex.a que não perde ó a ocasião de dizer a sua graça, mesmo num assunto que aliás é muito sério.