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Sessão de 11 de Janeiro de 1921

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permitir lutar com outros estabelecimentos que, transferindo ouro do Brasil para Portugal, tinham vantagens mais compro-.vadas, do que as que possuía a Agência Financial.

. O que S. Ex.a deve procurar sabor é se realmente do Brasil vem mais ou menos um milhão, do que antigamente vinha pela Agência Financial.

Vinha 1.500:000 libras, mas pareee-mo que há oscilações de mais de 700:000 U-,bras,.de um ano para o outro, nas remessas da Agência Financial muito antes da guerra.

, Por consequência o número que S. Ex.a demonstrou, de 1.800:000 libras, ó elevado.

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Vamos tirar a grande prova.

Como naturalmente o ouro não deixou de vir do Brasil, por intermédio de outros Bancos, o que não era transferido pela Agência Financial, porventura, iria para .outras mãos o que era desviado do Estado.

Ora aqui está a minha resposta: as 1.500:000 libras iria comprá-las à praça.

Arrepiou o Sr. Leio Portela a importância para 1.200:000 libras, o limite que ficava nesse intercâmbio ao Banco Português do Brasil.

. Um novo raciocínio do Sr. Leio Portela : os Bancos teriam de ir à praça comprar 1.200:000 libras que iriam emprestar ao Estado.

Este é o raciocínio de S. Ex.a

Declaro a S. Es.a para que as suas carnes sintam os arripios patrióticos dos grandes momentos, que não sou dos que se arrepiam com a idoa do que o contrato da Agência Financial de novo viesse a cair nas mãos do Banco Português do Brasil, mas declaro também a S. Ex.a que se um Banco português tomasse conta do caso, em circunstâncias nenhumas êsso Banco poderia comprar na praça 1.200:000 .libras, mas sim por meio dum empréstimo ou suprimento.

Comprá-las na praça é absurdo, porque teríamos de ir à praça buscar esse dinheiro o que faria baixar a divisa cambial imediatamente.

O Estado poderia comprá-las em melhores condições. Tem de se entregar nas mãos do diversos Bancos; mas ter de ir comprar na praça essas libras é inconveniente para o Estado pela baixa da divisa cambial.

Mas, repito, não reputo impossível poderem obter-se lá fora.

Reputou o Sr. Leio Portela uma veleidade marcar um limite mínimo para os tomadores de saques.

Não é preciso isso.

Em 1919, tomou um de 1:600 contos para o Banco Ultramarino de Portugal.

Ora imaginemos: se o Estado desse limite máximo a cada tomador de saques podia tomar duma vez, para o que seriam precisos 600 tomadores.

Havia um limito de 1. conto de réis. Um tal .excesso do zelo na defesa dos interesses do Estado facilmente se verificaria que era um erro, uma tal cláusula.

Não foi por ter defendido os interesses do Estado. O erro está em querer defendê-los demais.

Sobre os bilhetes do Tesouro o Sr. Leio Portela disse coisas maravilhosas.

Afirmou S. Ex.a que os bilhetes do Tesouro são pagos em escudos.

Mas vejamos: Ou as pessoas possuidoras de bilhetes têm já escudos e então .tomam-nos nos Bancos, ou não têm escudos e por isso compram-nos à custa da moeda brasileira e compram-nos em ouro.

Os escudos não se inventam, nem existe . no Brasil nenhuma fábrica de escudos, porquanto v3o longe os tempos em que, segundo disse Camilo Castelo Branco, o Brasil se fornecia de notas falsas que de Portugal iam no fundo das pipas.

Não. tendo escudos, têm de comprar escudos. São entregues em moeda brasileira para a compra de escudos, e essa moeda brasileira são libras sobre Londres.

O Sr. Leio Portela, querendo descobrir cousas maravilhosas, considera urn perigo a transferência de dinheiro do Brasil para Portugal, aproveitando a baixa do câmbio.

Se todo o dinheiro brasileiro pudesse ser transferido para Portugal, aproveitando-se a baixa do nosso câmbio, considerava-me-feliz, ao contrário de S. Ex.a