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Sessão de 19 de Janeiro de 1921

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derivam de ocupar este lugar. Elas obrigam-me a falar de outra maneira, ob.ri-gam-me a ser justo e, em honra da justiça, procurar pôr as cousas no pó em que devem ser apreciadas.

O primeiro ponto a que vou referir-me, determina me desde já a declarar que não é no intuito de desviar da minha acção ou da situação internacional do País quaisquer dificuldades, que vou dizer as palavras que a Câmara vai ouvir. O que vou dizer é exacto e verdadeiro, e refere-se especialmente à Inglaterra, às referências que o Sr. Leote do Rego lhe fez. Conhece S. Ex.a decerto melhor do que eu a •Inglaterra, que tem visitado repetidamente, como disse. Na Inglaterra, no seu civismo, no seu patriotismo, no seu justo orgulho nacional, na actividade que caracteriza os seus filhos, no respeito mútuo que uns aos outros se votam independentemente das confissões religiosas ou políticas que os separem, há, efectivamente, muito que aprender. Estamos, nesse ponto, inteiramente de acordo. A grande nação nossa aliada merece o respeito e a admiração de todo o mundo. Mas onde não posso concordar com o Sr. Leote do Rego ó na apreciação que o ilustre deputado acaba de fazer da atitude da Inglaterra para com Portugal antes e depois da guerra. O Sr. Leote do Rego afirmou que a Inglaterra não tem olhado para Portugal com aquela boa-vontade que será lícito esperar de uma nação aliada, não nos dando o apoio necessário nas reclamações que fazemos, sobre os nossos direitos. Não tem razão o ilustre deputado. A Inglaterra tem cumprido com nobreza, com lealdades com constância, os seus deveres de nossa aliada.

Ela tem-nos dado esse apoio em todas as circunstâncias difíceis. Sempre que dele temos carecido e lho temos solicitado, não nos tem faltado com ele.

Presto esta homenagem à verdade, 'não só como Ministro dos Estrangeiros, mas como cidadão português que me prezo de ser,

,:Não tiramos da guerra todos os resultados que- desejávamos, não vemos integralmente satisfeitas as nossas aspirações patrióticas, apesar do grande sacrifício que fizemos com a nossa intervenção em defesa do Direito e da Justiça?

de todas as nossas legítimas reclamações?

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Temo-nos preocupado absorventemente com a política mesquinha, com a política caseira que não nos engrandece cá dentro nem nos nobilita lá fora.

& Quando chegará a hora de pormos definitivamente de parte essa política pequenina ?

£ Quando chegará a hora de imitarmos o que se passa nos outros países, territorialmente pequenos como nós, a que o Sr. Leote do Rego aludiu, como a Dinamarca, como a Sérvia, como a Bélgica, sobretudo ? *

£ Quando é que teremos a unidade nacional que se verifica em todos esses países, quando se trata do seu bom nome, dos seus interesses gerais, a despeito das diversas opiniões e doutrinas que os cidadãos professem?

,; Quando chegará essa hora para nós?