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Diário da Câmara dos Deputados

causas que determinaram o ambiente mau que esse grande estadista encontrou em Versailles, depois em Bruxelas e seguidamente em Genebra. Vou eu dizê-las. Esse ambiente derivou, não digo de rancor a Portugal, mas duma grande indiferença, quási que feita de piedade.

Derivou, em primeiro lugar, do De.zcin-brismo, dessa quasi que completa sabotage que se fez do nosso esforço militar, e depois das restaurações monárquicas, que se deram exactamente no momento em que todos os portugueses., sem distinção de partidos, deviam ter o coração bem alto e. cheio de orgulho por verem que os seus soldados tinham podido atravessar, gloriosos, o Arco de Triunfo.

O Sr. Afonso Costa encontrou em Bruxelas uma atmosfera que não era muito agradável para nós, porque, como muito bem disse o nosso ilustre colega Sr. João Camoesas, nós não aproveitámos nem com a lição do sidonismo, nem com a de Monsanto. E quando o Sr. Afonso Costa chegou a Bruxelas não havia orçamentos aprovados e continuava a nãc se pôr um dique às nossas formidáveis despesas.

No momento em que S. Ex.a teve d<_ com='com' de='de' toda='toda' empregar='empregar' alemães='alemães' às='às' devido='devido' delicada='delicada' das='das' s.='s.' portugal.='portugal.' participar='participar' habilidade='habilidade' ocasião='ocasião' ele='ele' tam='tam' suas='suas' energia='energia' paz='paz' visto='visto' relações='relações' tratado='tratado' poincaré='poincaré' especiais='especiais' sua='sua' que='que' ex.j='ex.j' foi='foi' questão='questão' tratar='tratar' navios='navios' dos='dos' ainda='ainda' nãc='nãc' dessa='dessa' vultos='vultos' teve='teve' nessa='nessa' outros='outros' discutido='discutido' não='não' sidc='sidc' a='a' e='e' eminentes='eminentes' conseguiu='conseguiu' podíamos='podíamos' grande='grande' reparações='reparações' o='o' p='p' estadista='estadista' tendo='tendo' qual='qual' da='da' porque='porque'>

E também se esqueceram os- chamare-leiros de mostrar o que foi a angústia, a dor e a vergonha que sentiram o Sr. Afonso Costa, o Sr. João Chagas e outros colaboradores ao verem que os seus colegas das nações de todo o mundo aludiram a um jornal em que se declarava que Portugal era um país de escraragistas.

Sr. Presidente: como eu desejaria poder dizer que o resultado dos esforços do Sr. Afonso Costa tinha sido muito mais brilhante do que na verdade foi!

Mas passemos e'n rápida revista o que é que SP conseguiu. Nào há dúvida que os navios alemães apreendidos por nós passaram para a n"ssa posse defrntiva; não há dúvida que ficamos possuindo essa

meia dúzia de dextroyers austríacos, que são duma grande utilidade para a marinha nacional; não há dúvida que ficamos na posse de Kionga com as suas cinco mil palmeiras e meia dúzia de palhotas; mas quanto à participação na indemnização dos alemães, nós ficamos apenas com 3/8 por cento, e logo os cha-rameleiros e os sonhadores nos equiparar am ao Japão.

Mas nós, os portugueses, somos sempre assim: vivemos num eterno engano de alma; qualquer cousa nos contenta, em-quanto que os outros só s3 contentam com a realidade dos factos. Ora a verdade é que compararem-nos ao Japão é uma verdadeira blague!