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Diário da Camará dos Deputados

E, Sr. Presidente, quando S'. Ex.a, encontrando uina resistência de borracha, na comissão que não só comoveu e lhe disse: fale, diga tudo £0 que ó que produziu S. Ex.a ?

O descrédito do Piiís?

Não!

S. Ex.a veio dizer-nos quais os milhares de libras que tinha a pagar, quais as dificuldades ein que se encontrava.

E de todo esse quadro que S. Ex.a desenhava com as mais negras cores, podo dizer-se que apenas surgiram os dias cor do rosa, de sexta-feira, sábado e domingo.

Até agora o Sr. Ministro das Finanças tem sido apenas, pode dizer-se som ofensa, «imu ave agourenta para, esto País.

Há quem trema só de ouvir pronunciar o seu nome. (/?/*u#),

S. Ex.% pelas suas palavras, que não pelos seus actos, como Ministro, tem chamado para si, não digo o ódio dos portugueses, mas o pavor, e cre;a S. Ex.a que haveria uma sensação de alívio em toda a gente no dia em que soubesse que S. Ex.a voltava para a sua casa, para aproveitar a sua inteligência estudando, e depois de conhecer o país, que não conhece, sabendo lidar com os homens — e é esse o mal dos políticos — pudesse ver aproveitado o seu valor, que ninguém contesta.

S..Ex.a é muito novo. Eu, que infelizmente sou mais velho, tenho autoridade para lho dizer. Mas tem talento, e, portanto, devo por ora estudar, porque depois poderá ser um prestantíssimo cidadão. Neste momento reconheça que é muito perigosa a sua acção, não já pelo que faz, pois obra não tem produzido, mas pelo que diz de inconveniente.

Se me garantisse a mim, como parlamentar, que se entregava a trabalhos de gabinete, afastando de si todas essas pessoas que à sombra da sua ousadia querem viver, e que não faria uso da palavra tam cedo, eu. creia S. Ex.a, também tomava o compromisso formal de em todo esse tempo nenhuma referência, vaga que fosse, fazer a seu respeito.

Se S. Èx.a, como Ministro, nada mais fizesse do que repetir a acção dos seus antecessores seria um mal, mas bem pior é a iorma cuuio se pronuncia acerca dos

outros, porque, cm vez do salientar o valor próprio, segue o processo d»- quai.do se dirige aos seus adversários o* consi derar figuras mesquinhas, S'3in relevo, amosquiahundo os.

Siga o meu conselho. Faz mal assim procedendo.

Já V» Ex.a vê, Sr. Preside ate, que eu não estou aqui a fazer o que só chama política de oposição. Kstou a fazer p

Sr. Presidente: a agf ncia 110 Rio de Janeiro — nisto estamos todo;* de açor- , do — tal como só encontrava antes de 1919 não satisfazia.

Hoje — também estamos todos de acordo, e ou tenho a certeza de quo o Sr. Ministro ponsa como eu — tal como está a Agência entregue ao Banco Pcrtuguês no Brasil, também não satisfaz.

O ideal seria, Sr. Ministro, que esse serviço fosse cometido a um,a entidade que exclusivamente pertencesse ao Estado, e que este tomasse a si a Agência Financial, e então nessa altura, se erros houvesse, seriam erros de ofício apenas.

Ocorre-me proguntar:

(f.E consultada a Caixa Ge~al, ola recusou esse convite ou Acoitou-o em princípio, propondo-se realizar a cbra que o Banco Português no Brasil realiza?

Sr. Presidente: a Caixa fíeral de Depósitos é um organismo do Esiiido, e não pode haver sobre ele a mais leve suspeita, pois que é o Estado quem nomeia e fiscaliza.

Eu desejaria muito saber se a Caixa foi consultada ou não, porque, PIE caso afirmativo, o concurso adiado indefinidamente é o único caminho a seguir. E então» desde qu^ ele pôde ser adiado indefinidamente, nós tomos tempo de estudar a questão, e o Sr. Ministro das Finanças tem ocasião de pôr à prova o sou talento, entregando h Caixa Geral de Depósitos a Agência Financial, para que aquela se desempenhe do seu mandato capazmente.