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Sessão dê £7 e 28 de Janeiro de 1921

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me parece, repito, que interpreto mal o Kegimento.

O que me parece é que. estando todos nas melhores disposições de não tolher a palavra ao Sr. Ferreira da Rocha, c reservando para outra ocasião a interpretação deste ponto do Regimento, se deve de novo conceder a palavra ao Sr. Ferreira da Rocha.

Depois se tomará uma deliberação de carácter geral a este respeito.

Pode o Sr. Ferreira da Rocha usar da palavra.

S. Ex.a não reviu.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis):—O Sr. Ferreira da Rocha vai usar da palavra por favor da Presidência e não com autorização da Câmara.

Fica entendido.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: — O Sr. Ferreira da Rocha vai usar da palavra sem reclama-mação de ninguém.

Comprometo-me mesnio nas primeiras sessões a apresentar uma proposta de esclarecimento da doutrina do artigo 60.° para sobre ela incidir a deliberação da Câmara.

S. Ex.& não reviu.

O Sr. Manuel José da Silva: — Mas por emquanto é a letra expressa do Regimento aquilo que eu acabo de afirmar.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente; —Continua no uso da palavra o Sr. Ferreira da Rocha.

O Sr. Ferreira da Rocha (sobre a ordem]:— Sr. Presidente: mandei para a Mesa a. minha moção em primeiro lugar, porque como disse a V. Ex.a. tendo pedido a palavra sobre a ordem, entendo que estou obrigado nos termos do Regimento a apresentar a moção que me proponho defender ; e em segundo lugar porque gosto de situações claras. Neste ponto, pelo menos, o Sr. Ministro das Finanças e eu estamos de-acordo. E embora, sob a minha responsabilidade pessoal, exclusiva, sem estar encarregado pelo meu partido de apresentar uma moção de carácter político, eu entendo que S. Ex.a tem razão quando exige que lhe ponham

Não há outra forma lógica, realmente, de pôr a questão.

Aqueles que apoiam o Ministro das Finanças devem dizê-lo claramente, e aqueles que entendem que a sua política financeira não ó razoável ou não merece a aprovação da Câmara não devem de forma nenhuma procurar dizê-lo de maneira encoberta, mas simplesmente pôr a questão tal como ela é, nítida e claramente, naqueles termos que o Sr. Ministro das Finanças deseja e que eu entendo que tem toda a razão para exigir. E nesses termos é que eu vou procurar tratar a questão, desde já agradecendo aos Srs. Deputados que me deixem em silôncio expor as minhas considerações, na certe-sa de que procurarei fazer tanto quanto possível por reduzi-las, visto que o debate já vai longo.

Sr. Presidente: embora evitando repetições, calcula V. Ex.a que eu não posso deixar de me referir, aliás ligeiramente, a alguma, das asserções feitas pelo Sr. Ministro das Finanças, na resposta com que pulverizou as considerações feitas por mini na primeira vez qne usei da palavra sobre Ôste assunto; e assim não quero deixar de me referir aos argumentos apresentados sobre as dúvidas de que o Governo pudesse ou não realizar o contrato a que nos temos referido, em virtude de não poder negociar os serviços da Agência, e acrescento já que eu não fui mais longe que o Sr. Ministro das Finanças, quando S. Ex.a, como todos ouviram claramente, empregando uma comparação bem pitoresca e forte para oca só, disse qne não podia negociar a pele do urso.