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Diário da Câmara aos Deputados

hei-de manifestei!1 a minha maneira de pensar^ em termos precisos e claros.

É por isso que, pessoalme nte, em todas as minhas palavras não vai nenhuma responsabilidade do meu partido, no qual eu não tenho categoria que me permita fazer afirmações de carácter político uVão apoiados)) mas por mim próprio eu digo a V. Ex.as que, não apoiando aquelt.s situações que não sejam claraá, eu reprovarei a própria moção do Sr. António Maria da Silva, para aprovar a que apresento que ó de pura o absoluta desconfiança, não ao Sr. Ministro das Finanças, pessoalmente, mas ao Sr. Ministro das Finanças, politicamente, e ao Governo.

É assim que eu ponho a questão, é assim que eu voto. (Muitos apoiados],

Tenho dito.

O discurso ser (L publicado na integre, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquiyráficas que lhe foram enviadas,

Nem o Sr. Ministro das finanças nem o Sr. Manuel José da Silva reviram es seus apartes.

U Sr. António Maria da Silva: — Sr. Presidente: da primeira vez que tive er.-sejo de versar o assunto em debate, disse que esta questão se tinha arrastado demasiadamente, embora como justificação tivesse o facto de se referir a um assunto importante. Hoje mais estou convencido dessa verdade.

Verificou também V. Ex.a e toda a Câmara a serenidade que eu pus em todas as minhas palavras.

A^erificou ainda mais que em nenhuma delas se continha o mais pequeno agravD que pudesse, não direi incomodar, que D caso não comporta incómodos, mas que pudesse interessar ao Sr. Ministro das J^anças por uma forma que lhe parecesse menos consentânea com a oposição que tive de marcar quando entrei neste debate: a oposição de representante duri partido que tem Ministros seus no Gabinete a que S. Ex.a pertence.

É dessa maneira que pretendo usar da palavra novamente.

Sr. Presidente: invocou S. Ex.a a nossa camaradagem; invocou a sua lealdade para comigo e admirou-se que eu tivesse apresentado uma moção à qual S. Ex.a se referiu neste» termos: «que lha tinli a

atirado à cara e que a uão esperava do mim».

Não vejo que S. Ex.:i tenha razão nas palavras que proferiu. Marquei uma oposição em nome do meu parido, tal como ele entendeu dever ser feita, e a moção que mandei para a Mesa era a exacta expressão do seu pensamento, representando necessariamente um voto discordante em relação à política que S. Ex.* nesta questão seguiu, e S'3ria de divergência em relação a todo o Governo, se todo ele perfilhasse essa política.

Não tive a palavra para iludir o pensamento ; fui absolutamente slaro, e- quando não falei em nome do meu partido, declarei-o expressamente, visto que também me referi às palavras cie S. Ex.a na minha qualidade de presidente da comissão de finanças e como pessoa chamada pelo Sr. Presidente do Ministério ao tempo era que ele convidou pessoas de representação nos partidos para lhe manifestarem a sua opinião quanto ao acto da denúncia do contrato com a Agência Financial.

Referi ainda à Câmara, V. Ex.as devein estar recordados disso, quo o meu ponto do vista era esse que expus ao Sr. Presidente do Ministério; era asse, e de há muito, mas podia não ser o do meu partido.

Referi a conversa havid.t com o Sr. Presidente do Ministério.

Felizmente a conversa não teve ouvintes.

Foi um representante do Partido Popular ali levado nessa qualidade.

Ambos tínhamos ido na convicção íntima de que o assunto não seria resolvido definitivamente, antes de trazido ao Congresso da República.

O Sr. Presidente do Ministério recorda-se disso certamente.

Relembro neste niomentc à Camará a afirmação.

O assunto já tinha sido versado no tempo em que era Ministro o Sr. Ramada Curto, e na imprensa já havif. sido versado em termos por vezes apaixonados.

Troquei com ele palavras a que respondeu no mesmo tom, não nos fazendo quebrar, porém, as relações, mas podendo S. Ex.a reconhecer que o seu modo de ver não era partilhado por mim.