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O Orador:—Falemos cora loaldado, Sr.. Ministro das Finanças J Ou V. Ex.a cumpre o nosso pensamento, e ó como se fosse do nosso Partido; ou V. Ex.a considera essencial, para a sua obra de Ministro, o ponto de vista contrário, o ass"m não em o nosso apoio, tendo do considerar a nossa moção como a tem de considerar qualquer homem público I (Apoiados).

O Sr. Ministro das Finanças (Cunha Leal):— Quere dizer: V. Ex " têm ocasião de manifestar o seu desapoio, no momento em que ou deixar de cumprir as suas resoluções.

Pois muito bem; podem V. Ex.ss apoiar--me com todas as veras da sua alma, que eu saio no dia seguinte, ao cumprir as indicações do Partido Democrático.

O Orador: — Mas, noto V. Ex.a Sr. Ministro das Finanças, nós não desejamos que V. Ex.a saia, desde que se integro ao nosso pensamento. Se assim, fizer, ó corno se fosse do nosso partido. E preciso que V. Ex.a seja consciente, o que não considero a moção, senão naquele aspecto político que ó legitimo que ela seja, considerada.

Tenho dito.

Ô orador não reviu* !

O Sr. Ministro das Finanças (Cunha Leal): — Sr. Presidente: Lá duas correntes bem definidas, nesta casa do Parlamento: uma, aquela que eu represento, entende que, para bem 'dos interesses da Nação e da Kepública, se deveria abrir um concurso tal, que dele resultasse a possibilidade de, sobre a Agência Financial, assentar a base da renovação dopais, fazendo-se um empréstimo a longo prazo e a curto prazo; outra, quo nega que a Agência Financial possa servir para isso.

Pregunta-se: ^O que é quo a Câmara, com as suas votações pôde fazer? Definir qual das duas corrontes vencerá.

Ninguém no Parlamento ignora qual a minha maneira do ver e de pensar. Se o Parlamento votar que tem razão o Ministro, que diz que não se deve entregar a um estabelecimento do Estado Osse serviço, eu fico livre dentro da minha maneira de sentir; mas se o Parlamento disser que não, que não é boa esta maneira,

mas sim a concretizada na. moção do Sr. António Maria da Silva, o Ministro das Finanças fica até o momento do executar essa vontade. Não sei opõe a isso; pode condená-la, pode ir mais tarde para a praça pública apontar os nomes das pessoas que preconizaram essa idea — e até. talvez lá nos encontraremos o seremos capazes de nos abrasar — mas depois de a cumprir.

O Sr. António Maria da Silva: — V. Ex.a está' a pôr a questão, num pó diferente daquele cm quo eu a pus.

O quo eu pedi a V. Ex.a foi que me respondesse com a mesma lealdade quo eu pusera nas minhas palavras. Indo V. Ex.a para a praça pública condenar o nosso modo do ver, mostrava quo não estava integrado nesse modo de ver.

Quanto a V. Ex.a, se a agência não existisse, se não fosse permitido fazer a denúncia, não haveria maneira de administrar o país. j Era um país perdido!

.Ora nós o quo temos é opinião diversa. Mal do país só, não havendo a agência e a .oportunidade do denunciar o contrato, não fosse possível administrá-lo. Seria a condenação dos homens da República sob o ponto do vista ecopómicc-financeiro.

Ora nós estamos absolutamente convencidos do contrário. Nestas condições, se o Ministro das Finanças quero oxnosso apoio, tem de integrar-se no nosso modo de ver.,

O Orador:—Parece que não nos entendemos. Eu não saio da minha calma. , Há aqui ,duas correntes de critério administrativo. Uma é a q-ie eu defendo, outra ,ó a que o Parlamento tem definido ou antes, tom do definir. Disto não fujo e polo quo tonho ouvido aou meus colegas creio que ôles estão integrados na minha maneira de sentir.

Todavia ò Sr. Presidente do Ministério, quando falar exprimirá o sentir do Governo.

Eu estou a falar segundo o meu pensamento pessoal.