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Sesstto fie 27 e 25 de Janeiro da J021

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nílo sor iludida, aqui ficarei, como ministro, a executar o pensamento do Parlamento, certo do que a responsabilidade ficará a quem voto a moção. O orador não reviu.

O Sr. Jorge Nunes (para eypHcnções): — Sr. Presidente: a questão da Agência Financial, perdeu j A, nesta altura do debato, na sua ossõncia, todo o interôsso.

Trata-so neste momento de saber, apenas, se devo prevalecer o critério do Sr. Ministro, se o da corrente contrária.

O Sr. António Maria da Silva explicando a sua moção, acaba de declarar, que se o Sr. Ministro se integrar no seu modo do ver, continuará tendo todo o apoio do seu partido.

O Srí Ministro, fazendo prevalecer o sou critério, discorda do do partido democrático, c não poderá considerar a moçílo do Sr. António Mana da Silva, senão como unia moção de desconfiança.

A mim, sob o ponto do vista pessoal, ó absolutamente indiferente que o Governo saia ou liquo.

O Sr. Rego Chaves fez a defesa calorosa do Sr. Ministro das Finanças, embora fôs^o pouco feliz nalguma passagem do seu discurso.

Mas se a ninguém interessa a saída do Ministro, eu posso dizer a V. Ex.a que à sombra das suas ameaças uma finança tom lucrado.

O Sr. Orlando Marcai (interrompendo]:— Ê bom que V. Ex.a o diga o o provo tam-béin,

O Orador: — As minhas palavras nílo scrvoín nem prejudicam os interesses seja do quem for. Já se disse aqui »» ó verdade: se há uma^finnnça prejudicada pola atitude do Ministro, outra lia quo só lucra com ela.

O Sr. Rego Chaves (interrompendo): — Quando o interesse ó legítimo ó quando ôlo ó lioncsto.

O Orador: — Faço justiça à inteligência do V. Kx.a, mas, por isso mesmo, V. Kx.a devo confessar que produziu uma frase infeliz.

O Sr. Rfigo Chaves (interrompendo): — V. Ex.a nào ó capaz do dizer qualquer cousa quo possa significar o interesso nesta questão deste lado da Câmara, ainda mesmo quo seja de carácter político. Só V. Ex.a quero tratar do assunto pode fa-zê-lo sem quo venha nesta altura do debato referir-sp a palavras por mim proferidas.

Nem vinha a propósito, nem era nocod-sário nesta altura do debato, V. Ex.11 re-ferir-so a palavras minhas dum discurso quo não'feriu ninguém, sobretudo quando V. Ex.a disso que mais nada havia já a dizer acOrca da Agência Financial.

O Orador: — Sr. Presidente: como* disso há pouco, vou terminar as minhas considerações, mas antes disso devo dizer que o meu comentário às palavras do Sr. Rego Chaves não tom nadado inoportuno, é até oportuníssimo, porque se é certo que a fraso do S. Ex.a, pela declaração que agora faz, não tevò o intuito de nos ofender, ó, todavia, a concretização do mil infâmias que lá fora se vomitam contra nós.

Entretanto, pondo do parto ôsto ponto do vista, quo o Sr. Rego. Chaves julgou descabido, mas que eu julgo oportuníssimo, vou terminar, estranhando, contudo, que o Sr. Ministro das Finanças não tivesse respondido a trôs preguntas concretas quo lhe fiz; e já que não lho mereço essa resposta, vendo presente o Sr. Presidente do Ministério quo ó o dirigente do toda a política do Gabinete, eii permito-mo dirigir a S. Ex.a essas pro-guntas corto dura melhor acolhimento. São elas as seguintes:

Primeira: Foi consultado o Conselho de Ministros para o facto da denúncia do contrato da AgOncia Financial? Segunda: tendo sido consultado' o Conselho de Ministros, o concordando elo com essa denúncia, o mesmo Conselho já autorizou o Sr. Ministro das Finanças a abrir um concurso? Terceira: Tendo o Conselho do Ministros autorizado a abertura dósso concurso, previamente teve conhecimento das bases em que Olo se realizou?