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Uiárío í?a Câmafa do» Deputados

que S. Ex.a trabalhou agindo apenas pela sua inteligência e pelo seu critério, sem se preocupar coih a opinião dos seus colegas j visto que está sempre a reivindicar para si a responsabilidade dos seus actos, mesmo naqueles em que ela tem ser geral. ^ a razão por que faço estas pregun-tàs ao Sr. Presidente do Ministério, pois que desejo saber se também o ponto de vista do Sr. Ministro das Finanças relativamente a moções de declarada desconfiança, é partilhado por todo o Governo.

Sr. Presidente: termino as minhas considerações 'dizendo a Y. Ex.a mais uma vez que me é absolutamente indiferente que o Governo saia ou fique, e apenas desejo que se o Sr. Ministro das Finanças cair, não se agarre demasiadamente 'às colunas 'do templo, para que ele não lhe caia em cima.

Tenho dito..

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. António Granjo.

.0 Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de

Azeméis):—- Peço a palavra para uma questão prévia.,

' Protestos da assemblea ao notar que o Sr. António Granjo se preparava para falar; - • '

O Sr. Presidente: — Tendo eu já dado a palavra ao Sr. António Granjo, não me julgo no direito dê lha recusar, e em segundo lugar, não vejo no Regimento disposição alguma que permita a algum Sr-.-, deputado usar da palavra nesta altura para uma questão prévia.

. O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — Perdão, ó o artigo 109.°

O Sr. Presidente : — Eu admito a proposta' de V. Ex.a nos termos do § único do artigo 109.°, mas depois do Sr. António Granjo usar dá palavra, visto quo já lha tinha concedido.

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis)': — Formulei o meu pedido .precisamente no momento em que V. Ex.x disse ao Sr. António Granjo que tinha a palavra.

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,. :Q Sr,. Presidente:-—Eu ia dizer a Y.

Ex.a' nesse momento a maneira como o havia inscrito, que era sobre o ordem.

Para questão prévia não pcsso dar-lhe a palavra.

Mas o Sr. António Granjo já tinha a palavra.

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O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azeméis): — O Sr. António Granjo está inscrito sobre a ordem?

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O Sr. Presidente:—É um facto que já tinha dado a palavra a esse Sr. Deputado.

O Sr. Pais Rovisco:—Não tinha ainda pedido a palavra.

Y. Ex.a não pode alterar o^ Eegimento, assim...

O Sr. Presidente: — Não o alterei. . Repito: o Sr. António Granjo já estava inscrito sobre a ordem.

Tem S. Ex.a a palavra.

O Sr. António Granjo: — S:.\ Presidente: não responderei às considerações feitas pelo Sr. Ministro das Fie ancas sobre o contrato de trigos e carvãO'nemàs considerações sobre política financeira e económica, não sei bom se do Sr. Ministro se do Governo.

Merecer-me hão na primeira oportunidade a discussão que se torna necessária.

1 Agora, porém, dispenso-ma de o fazer porque sinto que, j á ninguém sequer poderia manter a atenção da C.imara sobre elas.

Por isso, repit,o, vão sei: as minhas considerações -uma simples definição de atitude política franca.

O Sr. Ministro declarou n D decurso do-debate que era indispensável para a vida governativa um certo plano, plano que se buscava sobre a realização do concurso aberto há pouco, do serviço da Agência do Rio de Janeiro,, e empréstimo baseado nesse mesmo concurso.