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Diário âa Câmara tios Dep-utndos

tério da Agricultura, só ali deu entrada a 15, dia em que exactamente se lança o boato nas ruas.

é Que interesse ou conveniência houve em levantar esta calúnia?

Quanto à publicação n-O Jornal, dirão de sua justiça os tribunais competentes.

Tenho dito.

(Apoiados).

O Sr. Presidente: — O Sr. João Luís Ricardo vai mandar para a Mesa uma proposta sobre a qual deseja que a Câmara SP manifeste. Suponho, todavia, que a Câmara não se opõe a que, emquanto S. Ex.a a redige,, eu dê a palavra aos Srs. Deputados que a pediram para explicações. (Apoiados).

O Sr. António Maria da Silva (para explicações}:— Sr. Presidente: agradeço a V. Ex.a e à Câmara o favor de me deixarem usar da palavra neste incidente. -

Este incidente deriva de um lacto absolutamente inédito e absolutamente fantástico da política do nosso. país.

O pobre e infeliz povo 6 tam ingénuo da sua ignorância que as calúnias tam imbecilmente lançadas como esta, pegam nele de estaca pela forma como V. Ex.a e a Câmara agora tiveram conhecimento.

Comigo, porém, já não são novas estas tentativas de calúnia, embora lançadas por forma diversa. Mais de uma vez, fados da política ou sem ser da política, do jornalismo ou som ser do jornalismo, têm contendido com o meu nome para o apoucar, mas também mais de uma voz, no Congresso da República e fora dêlo, eu tenho tido ensejo de dizer que os que me procuraram babujar é que ficaram babu-jados. (Apoiados).

O tempo tem sido o melhor destruidor de atoardas.

Mas, para. que duma vez para sempre isto acabe, não estou disposto a responder com a bondade à calúnia porque cheguei à altura da vida em que não quoro deixar ficar impune actos absolutamente condenáveis como este a que me estou referindo.

Nesta terra, há também a velha costumeira da calúnia e toda a gente que se faz eco da calúnia responde sempre: «ouvi dízor». Pois bem; daqui por diante quem ouvir dizer e nHo responder quem

foi que lho disse eu tomar-lho hei a responsabilidade. (Apoiados).

Não estou disposto, repito, a que com a minha cin plicidade ou bondade, mais uma vez isto passe cm julgado, porque o disse a uma das pessoas em nome do Sr. Ministro 'das Finanças, e disse p* Io telégrafo quê a noticia era absolutamente destituída de fundamento, era caluniosa nos teimos em que foi lançada.

Devo dizer já a V. Ex.a, aqui noste lugar mo disso o meu yellio condiscípulo Sr. Luís Ricardo, chamando nui a atenção para me prevenir da b/ayue, mas preveniu-me dizendo-mo ser do domínio público.

Respondi-lhe que aguardava a publicação, a decisão do Sr. Ministro das Finanças.

Na Câmara, a única tribuna quo tonho para dizer da minha justiça, tratarei do assunto.

Quando mal imaginava, porém, vi no dia soguinte que nos jornais só fazia referência ao meu nome, e no? termos referidos.

Em todo o caso não valia n pona proceder precipitadamente. Aguardei o seguimento da questão.

Não se mandava uma nota parecendo oficiosa sem que alguém a tivesse enviado de direito.

Mesmo porque eu não costumo bator--me contra moinhos, não sabendo do que se tratava.

Tinha uma razão capital para imaginar que o Sr. Ministro das Finanças não podia ter a responsabilidade da notícia.

Quando da ocasião da discussão sobre a Agencia Financial, a segunda vez quo usei da palavra referi na Câmara que alguém mo tinha dito ter lido num jornal uma notícia concebida nestes termos: «todos os Ministros das Finanças de Monsanto para cá praticaram mu;tas irregu-laridades».

Desta degolação do inocentes só só livrava o Sr. Pais Gomos.