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Sessão de 22 de Fevereioo de 1921

limitação dos nossos males e até, porque a higiene é uma pedagogia da acção, até para a normalização da nossa vida social e—vá lá o palavrão — para a ordem, pública.

„ Ficam por consequência, estas palavras não só como testemunho de um protesto e como a minha iniciação de critério, e dum e doutro se deduziu já que adiro inteiramente aos protestos do meu ilustre colega, Sr. Manuel José da Silva, contra a intervenção da politiquice, não só nestas questões, como em outros campos da administração pública.

Os recursos do Estado são de todos; e nenhum partido quando no Poder os deve deter para tentar o alargamento de clientela.

Quando se usam as cadeiras, do Poder não ó para empregar os recursos do país em favor de clientelas, mas sim par a aplicar métodos que definam orientação, princípios que nos apaixonem, fazendo uma gestão de recursos do pais, em ordem ao aperfeiçoamento do país, em ordem à transformação deste país, que é susceptível dela, em ordem à sua renovação que se vem a efectuar pelos processos de empirismo doloroso a que vimos assistindo.

Sim, Sr. Presidente, também eu protesto contra a intervenção da politiquice tanto neste como noutros campos, também eu digo, e sou coerente cora toda a minha vida de acção, já nos tempos da monarquia um dos elementos essenciais da ini-; nhã revolta era precisamente o espectáculo imoral da parasitação dos recursos do Estado em favor de coteries.

Tenho sido coerente toda a minha vida.

Leia V. Ex.a as folhas deste país, leia V. Ex.a os jornais e lá verificará que nunca, pelo menos com meu conhecimento, a letra de forma estampou que pela minha influência pessoal tal povo, ou tal localidade do país tinha sido dotada com este ou aquele recurso, porque esse processo, sendo processo monárquico que eu combati, me repugna e não admito.

Não é nem mais nem menos do que o nosso dever sermos procuradores dos interesses de todos, não devendo nunca vir criar influências pessoais.

Nunca consenti que a minha apagada obra de Deputado, de político, andasse dia o dia a reclamar nos jornais para engrandecimento duma personalidade que

seria formada por estes processos, exactamente aqueles processos contra o quais protestei em quinze anos de acção abnegada, em quinze anos de acção que me não envergonha, e que através desta hora dissolutiva, me categoriza para íalar de cabeça erguida a quem quer que seja.

Sr. Presidente: combati, e termino as minhas considerações, esperando que estas palavras ditas na indiferença da maior parte da Câmara, ditas quiçá no seu can-çasso porque anda divorciada da consideração destes aspectos fundamentais, ditas quiçá, na indiferença do país que se vê a desfalecer na organização de grupos primários, que sendo primários são principalmente determinados pelo egoismo, quer da extrema esquerda, quer da extrema direita, palavras ditas de acordo com as necessidades do nosso país, enunciando um critério, um método que há-de.ser empregado, quer queiram quer não, porque sou daqueles que não acreditam na agonia de'Portugal.

Tenho dito.

O discurso > será publicado na integra guando o orador haja devolvido, revistas, as notas taquigráficas.

O Sr. Plínio Silva: — Sr. Presidente: peço a V. Ex.a que consulte a Câmara, sobre se autoriza que entre imediatamente em discussão o meu projecto inicial sobre encorporação de recrutas.

Parece-me de todo o ponto necessário que sobre esse projecto se tome "uma resolução rápida.

Posto à votação, foi aprovado o requerimento do Sr. Plínio Silva.

O Sr. Américo Olavo: — Sr. Presidente: não estranho que nas longas considerações que nesta Câmara fez o Sr. Plínio Silva, não "tivesse havido uma simples palavra de resposta para os argumentos que eu aqui aduzi contra a proposta de S, Ex.a Isso é natural, porquanto eu sou um modesto militar que ao serviço do exército tenho dedicado apenas alguns anos da minha vida e que apenas procurei sempre cumprir o meu dever modestamente mas devotadamente.