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Diário (Já Câmara aos Deputados

classe já -tem uma caixa do socorros, criada em 1915, para os quo só acham inválidos...

O Sr. Santos Graça (interrompendo): — Desculpo-mo V. Ex.a uma observação. Isso representa l por cento dos pescadores. São eles mesmos quem paga.

O Orador: — Sr. Presidente : ouvi com toda a atenção o Sr. João Camoesas, o S. Ex.a disse, coiu razão, quo este projecto represemava uma exploração do carácter comercial.

Neste caso pareco-mo quo, com justos reparos, devo indicar a V. Ex.a que esto • projecto mio foi à comissão de comércio e indústria, de maneira que os Deputados desta comissão mio o puderam estudar para lho poderem, introduzir as mo-diricuções. Nilo tiveram conhecimento dôie para o poderem estudar.

Eu já tive ocasião de dizer qno não sou contrario as cooperativas; entendo quo olas podem prestar relevantes serviços, mas, organizadas como estão, podem representar um fracasso, como até agora já algumas representam.

Precisamos administrar os dinheiros do Estado com .parcimónia, o eu não posso dar o meu voto a ôbto projecto sem ser modificado.

O projecto merece a aprovação, e estou certo que seremos todos unânimes em o aprovar, mas precisa sor estudado, o por iss.0 tenho a honra do propor quo este projecto baixe à comissão de comércio e indústria.

O Sr. Presidente: — A Câmara já resolveu quo a discussão seguisse.

O Orador:—Achava mais conveniente quo voltasse a ser estudado.

O Sr. António Granjo: — Sr. Presidente: como homem do norte, não posso deixar do ver com simpatia a questão dos poveiros, e muito bem ficam as palavras do Sr. João Camoesas, quo a Câmara deve uma homenagem a Csscs homens, que preferiram deixar o seu comodismo pessoal no Brasil para não renegarem a sua qualidade de portugueses.

O projecto não foi combatido por nenhum lado da Câmara, o parece-me que seria fácil o projecto vir a ter a aprova-

ção do todos os lados da Câmara, o quo não era indiferente; por isso era bom que o projecto baixasse à comissão.

O Sn Presidente: — A Câmara já deliberou que não Jôsse a comissão alguma.

O Orador:—A Câmara podo reconsiderar, e simplesmente vinte e quatro horas ou quarenta o oito horas melhoraria, o projecto.

ÍSr. Presidente: assim direi quo só Osso projecto for apresentado à votação, eu voiá-lo hei, porém, o meu dosejo seria que ele fosso votado por toda a Câmara.

Trata-se, Sr. Presidente, do acautelar os interesses do Estado, o ast.im deseja-ria que a comissão pudesse dar o meu parecer, a fim de elo poder ser depois votado por toda a Câmara. " Isto seria uma afirmação do patriotismo; seria mesmo um procedimento, que lá fora, entre os nossos compatriotas, teria uma singular retunibáticia. principalmente para todos aqueles que têm de ir para o estrangeiro ganhar a sua vida, vendo que não estão esquecidos pelos poderes públicos da sua torra.

Parece-me, pois quo a questão se poderia resolver assim por uma forma rápida o íácil.

Nào quero, Sr. Presidente, terminaras minhas considerações s'eni prestar a minha homenagem ao Sr. Sanios Graça, que neste Parlamento, sem eloquência o sem dotes oratórios, qne diz não possuir tem no cinta n to um profundo conhecimento da questão, parecendo ntó um português das antigas cortes, pelo que não posso deixar do lhe prestar homenagem, visto quo honra o Parlamento e os seus conterrâneos.

O Sr. Presidente:-^V. Ex.'1, Sr. António Granjo, diz-me qual ó o seu desejo.

O Sr. António Granjo: — O meti desejo ó que pudesso haver uma manifestação da Câmara sobre o projecto quo rstá em. discussão; o assim julgo que o melhor seria que ôlo fosse à comissão, a fim de quo ela, em 21 horas, pudesso dar o seu parecer, para se continuar a discutir amanhã ou, o mais tardar, depois de amanha.

Tenho dito.