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Diário da Canora do* J)rpntaHo»

mais abastecendo por si, sindicalizando-se pata a produção, disciplinando cooporati-vistamente o seu consumo, exercendo pelos próprios corpos colectivos do comércio, zelador do seu crédito, a fiscalização dos mercados. E, para solver os compromissos da guerra contraídos pelo Tesouro, pediremos tudo às possibilidades do contribuinte, mas não lhe.pediremos nada de mais, porque o rendimento da Fazenda Pública é função do rendimento particular, e, quando este se fere, com ele se exaure.

Para a nossa restauração económica e .Snanceira solidarizar-nos hemos com todas as forças vivas das classes trabalhadoras, que são tambóm forças políticas.

O nivelamento das receitas e despesas do Estado impõe-se, e, se ó uma questão de tempo, não perderemos nunca ocasião alguma de o ir efectivando. O Govôruo fará cuidadosa revisão do Orçamento. Dele eliminará todas as verbas parasitaríeis, que não correspondam a serviços autênticos de administração. E neste sen-r tido se orientará na reforma dos quadros das Secretarias de Estado. Eleva r-se hão simultaneamente as receitas públicas, quer remodelando impostos, quer recorrendo às fontes de rendimento de carácter económico.

O Govôrno adopta desde já, além da proposta pendente da pauta aduaneira, base imprescindível para os tratados do comércio, algumas das medidas apresentadas pelos seus antecessores, como as da contribuição industrial e do registo, do imposto do selo e do aumento de receita proveniente do monopólio dos tabacos. Oportunamente proporá ao Parlamento a revisão da lei dos seguros, a instituição da obrigatoriedade do registo, modificando o regime das matrizes prediais, e o estabelecimento, em que todos os partidos parecem estar de acordo, do imposto global ele rendimento. E, do harmonia com o voto da Câmara dos Senhores Deputados, entregará, no mais, corto prazo, a um organismo oficial os serviços a cargo da Agência Financial do Brasil.,

De resto, desagravado automaticamente.', o nosso Orçamento das verbas extraordinárias da guerra, que não podem continuar depois dela terminada, o nosso déficit será considerhvelmente reduzido, se não

extinto, pelo pagamento quo DDS cabe da dívida das reparações da Al> mimha.

Por maiores que sejam as exigências financeiras que sobre nós pesam, não nos é dado desarmar. Reduzindo as unidades militares, utilizando organismos do exército para os sen iços da paz, como, por exemplo, a aviação para as relações comerciais e a telegrafia sem fios para as necessidades eventuais das comunicações internas e externas, e transferindo indústrias a cargo do Ministério da Guerra para empresas particulares, manteiemos sem embargo a organização republicana do exército decretada pelo Governo Provisório, que nos permitiu aperceber as nossus tropas para a intervenção armada entre os aliados.

E escusado é acrescentar que nos empenharemos de\eras em testemunhar com o Parlamento o maior interesse pela situação dos milicianos que se distinguiram nos campos de batalha, e o nosso mais enternecido carinho, tanto pelos militares que na guerra se invalidaram, (;omo pela sorte das famílias dos que lá morreram.

À segurança do Kstado, dentro do País, votaremos também todo o cuidado, até para que se dissipem, de vê/., os vãos boatos inquietantes quo das imperfeições da nossa organização policial tanto se alimentam no espírito público. Por mais quo as instituições tenham por si o coração do povo, os poderes do Fritado não devem abd'car jamais da sua defesa. E uma condição fundamental da tranquilidade pública a força ao lado do direito.

Aehávamo-nos em 7 de Agosto do 1914 em pleno afan de reconstituição nacional, iniciada em 5 de Outubro.

E, só para acudir à nossa integridade, ameaçada pelo despotismo militarista germânico, a interrompemos.

Temos agora do continuá-la, :mais esforçados ainda por esse período de rijas lutas em quo nos vimos coagido» a contar cá dentro quási exclusivameate connosco, atestando a quantos nos observara atentamente os inesgotáveis recursos do nosso património e do nosso Animo.

Continuemos com a mesma coragem a valorização da nossa terra e do nosso espírito.