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Cessão de 10 e í l de Marco de 1921

que respeita à Noruega aquilo que disse om relação à França.

.Estamos, Sr. Presidente, num momento em que não mandamos um litro de vinho do Porto para a Noruega.

Qaere dizer que, na convenção Xavier da Silva com a França, demos tudo e não recebemos nada. Agora ó ocasião do denunciar tudo que represente concessões à Noroega.

Poder-me hão dizer que o problema do bacalhau é um problema muito importante, mas não ó só a Noruega que exporta" bacalhau para Portugal, a Inglaterra continua tambóm a enviar-nos esse produto.

O melhor mercado de bacalhau ô o mercado português, porque ó o que mais consome e o que consome pior bacalhau.

Assim, penso que,ao Governo compete imediatamente chamar a colaborar com os seus esforços, os esforços das classes interessadas e pense que já teria sido bastante para isso a campanha que a imprensa portuguesa tem movido.

Creio que os números que apresentei são o bastante para que o Governo, chamando a si o estudo da questão, a resolverá de modo que resulte utilidade imediata para a vida do país..

Não é só a viticultura que está ein perigo, é tambóm o nosso comércio externo; e é preciso que o Governo não se esqueça disso, pois mal vai a todos nós se o Go-vêruo não atender a este perigo e continuar a fazer ouvidos de mercador.

Peço licença à Camará j}ara só de passagem aludir a um ponto que não vem na declaração ministerial, mas que tem sido aqui tratado por vários Srs. Deputados, especialmente os Srs. Deputados socialistas que nesse assunto estiveram todos de acordo; refiro-me à questão da imprensa.

Até aqui', este assunto foi tratado como não podia deixar de ser, pelo Sr. Libe-rato Pinto, que procedeu, como procede um Chefe de Governo no verdadeiro sentido da palavra, e que tem neste momento a responsabilidade da política social.

A questão da imprensa só pode ser tratada pelos interessados; o Parlamento nada tem com ela. (Apoiados}. O conflito só deve ser tratado nos jornais. (Apoiados).

Agora, desde que ele veio ao Parlamento, era minha obrigação dizer alguma

cousa; visto que a Câmara se tinha eon-íbrinado com as explicações do Sr. Libe-rato Pinto, não tem o direito agora de mudar de opinião; e os tipógrafos militares ''cedidos as empresas são muito bem cedidos. (Não apoiados) (Apoiados).

O Sr. Ladislau Batalha:—V. Ex.a dá--me licença? E só para dizer a V. Ex.a que nas sociedades modernas os Governos que intervêm entre capital e trabalho praticam um crime social. (Não- apoiados) Apoiados).

O Sr. Augusto Dias da Silva: —

Muito satisfeito fiquei por ouvir o Sr. Nuno Simões dizer que o Parlamento estava comigo. (Interrupções).

O Orador: — Acho tão subtil a conclusão do Sr. Dias da Silva, que nada tenho a responder.

Este assunto só deve ser resolvido entre os interessados. (Apoiados).

Vários apartes.

Sussurro.

O Orador: — O que eu peço é que haja para comigo a mesma correcção de que usei para com os outros Srs. Deputados que falaram sobro o assunto, pois que as não interrompi. Eu disse que o proi)lema tem um aspecto económico e este ó- o único que tem de ser resolvido entre os interessados. (Apoiados). Mantenho este meu ponto de vista o espero que alguém o conteste com argumentos e não com gritas. (Apoiados}.

Há, porém,, outro aspecto —o aspecto político social— 0 é deste que o Governo tem de se aperceber, "tendo sido dele que o Sr. Liberato Pinto se apercebeu quando foi Presidente do Ministério, podendo e devendo mesmo apreciá-lo a Câmara.