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Sessão de 18 de Marco de 1921

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Eles. Sr. Presidente, defendem a República e, como tal, posso contar com eles, não os podendo de modo algum julgar ligados com esses homens que não podem discutir connosco porque não têm argumentos para isso.

Não, Sr. Presidente, não podem de modo algum estar ao lado dossa gente, isto é, ao lado desses jornais que não sabem defender a Pátria e a República, antes, pelo contrário, a atacam.

O que ou não posso compreender de forma alguma,. Sr. Presidente, é que se não publiquem os jornais que deviam representar as correntes republicanas. • Isto é o que eu não compreendo, nem posso compreender; de resto. Sr. Presidente, sei muito bem que posso contar com o republicanismo dos trabalhadores, assim como sei também que posso igualmente contar com o espírito republicano de muitos homens que estão ao lado dos patrões.

Conto inteiramente com esses homens, assim como conto com o republicanismo dôsses trabalhadores, que cumprem os seus deveres e que se 'não devem esquecer de que nos últimos tempos da monarquia todos os operários eram presos quando tentavam lazer greve, o que hoje se não dá por a República lhes ter reconhecido o* direito à greve.

O Sr. Pais Rovisco falou na investigação a que se está procedendo. S. Ex.a pode ter a certeza de que a lei há-de ser cumprida. (Apoiados).

Com respeito aos camiõos; basta que diga a S. Ex.a que está à frente da Guar-da Republicana o Sr. Pedroso de Lima, que não é só um brioso militar, mas um excelente administrador.

Esteja S. Ex.a sossegado..

O orador não reviu.

Antes de se encerrar a sessão

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira de Azemóis): — Pedia ao Governo, na pessoa do Sr. Ministro da Guerra, que. com a maior urgência, se desse por habilitado a responder a uma nota de interpelação sobre médicos milicianos.

Pedia também a comparência do Sr. Ministro das Finanças numa da? próximas sessões.

O Sr. Eduardo de Sousa: — Desejava também que o Sr. Ministro das Finanças me enviasse os documentos que há mais de doze meses venho pedindo.

O Sr. João Gonçalves Mesa um requerimento.

Mando para a

O Sr. Pais Rovisco :—O' Sr. Presidente do Ministério não respondeu às minhas preguntas; o Parlamento vai fechar, mas não perde S. Ex.& pela demora; cá ficamos à espera!

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro do Interior e, interino, da Agricnl-tura (Bernardino Machado): —Sr. Presidente,: é para fazer uma declaração tor--minante ao ilustre Deputado e em duas palavras apenas.

Esteja S. Ex.a certo de que não se fará dentro da Guarda Republicana, nem em qualquer dos organismos do administração que estão confiados a este Governo, nenhuma despesa ilícita, nem só um caraião será adquirido, não sendo absolutamente necessário para o serviço. Nenhuma desposa que não seja estritamente necessária terá o meu voto. ('Apoiados}.

Eu não vim para este lugar para praticar actos que sejam menos airosos para a República e até menos airosos para mim. Nós precisamos de fazer uma política rigorosa de moríilidade, (Muitos apoiados), de séria administração. (Mídtos apoiados).

Uma voz : — Oxida!

O Orador: — Não ó preciso que se façam votos. Os homens que estão ao meu lado. todos os republicanos os conhecem : por mim falam as obrigações que contraí! (Apoiados}.

Termino, agradecendo ao Sr. Deputa-tado o ensejo que nie deu paru dizer mais unia vez ao País quo o Governo não quero desmandos na administração pública e que um rigoroso saneamento nas despesas se vai fazer. (Apoiados).

O Sr. Manuel José da Silva (Oliveira do Azeméis):—f.V. Ex.a dá-me licença?