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Sessão de 18 de Março de 1921

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Nas colónias está uma grande parte do futuro da nossa nacionalidade, mas está também um grande perigo. Portugal teve, no momento próprio, a fortuna de encontrar o homem que pôde defrontar-se com. esse perigo, e, assim, podemos, ter a certeza de que os nossos interesses em Lourenço Marques e em Angola serão bem defendidos.

Sr. Presidente: abstenho-me de mais palavras, mesmo porque tudo o que dissesse seria apagado em relação à autêntica glória que é o Sr. General Norton de Matos, e o que a história dirá dele.

O orador não reviu.

O Sr. Pacheco de Amorim: — Associo--me à justa homenagem que está sendo prestada ao Sr. General Norton de Matos, e faço votos porque da sua administração resulte a prosperidade da Pátria.

O orador não reviu.

O Sr. Malheiro Reimão:—Em meu nome pessoal, associo-me à homenagem que está sendo prestada ao Sr. General Norton de Matos. De S. Ex.a, pela sua inteligência e pela sua energia, muito tem a Pátria a esperar.

O orador não reviu.

O Sr. Santos Graça:—Associo-me, de todo o coração, a esta justíssima homenagem, lembrando que foi o Sr. Norton de Matos o primeiro que deu a sua proteé-ção aos poveiros quando foi do seu nobre gesto no Brasil.

O orador não reviu.

O Sr. Viriato da Fonseca: — Sr. Presidente : permita-me V. Ex.a que eu infrinja o protocolo e tome a palavra para, em meu nome pessoal, prestar homenagem ao Sr. General Norton de Matos, o Alto Comissário em Angola. Uma força me obriga a levantar e a dizer alguma cousa. Conheço S. Ex.a desde os bancos da Escola do Exército, e sempre o conheci como pessoa correcta, ilustrada, inteligente,-trabalhadora e enérgica. Estas qualidades são garantia para o bom desempenho do alto cargo em que foi investido.

S. Ex.a é, como bem disse o ilustre Deputado Sr. Manuel José da Silva, o — right man in right place.

Na qualidade de filho da colónia de

Cabo Verde, que represento nesta casa do Parlamento, apresento ao Sr. General Norton de Matos as minhas sinceras homenagens, fazendo sinceros votos porque S. Ex.a, no alto cargo que vai desempenhar, possa obter os .êxitos que é justo esperar das suas elevadas qualidades de inteligência e de trabalho.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro das Colónias (Paiva Gomes): — Na ausência de S. Ex.3, o Sr. Presidente do Ministério, cumpre-me tomar a palavra para ter a honra de, em nome do Governo, me associar à manifestação de carinho que a Câmara está prestando ao Alto Comissário de Angola, o Sr. general Norton de Matos.

Sr. Presidente: é com grande pesar que todos nós vemos o afastamento do Sr. Norton de Matos do nosso convívio. É S. Ex.a um elemento de alto relevo, que nos faz muita falta, mas fica-nos,, porém, a satisfação que nos é dada pela certeza que temos de que S. Ex.a, no desempenho das elevadas funções que lhe foram tam acertadamente confiadas, vai mais uma vez dar-nos provas de quanto valem e quanto podem os predicados que o distinguem. (Apoiados gerais).

Já muito deve o país ao Sr. general Norton de Matos. Afirmo-o sem receio de contestação, embora só mais tarde, quando se escreva a história desapaixonada e imparcial dos nossos tempos, se possa avaliar bem quanto de vantajoso, quanto de alevantado e de nobre, houve na acção que S. Ex.a desenvolveu por ocasião da nossa intervenção na Grande Guerra.

Muito foi o que S. Ex.a fez, mas, apesar disso, atrevo-me a dizer que muito mais ainda o país espera das brilhantes qualidades de tam preclaro cidadão. É que, Sr. presidente, a obra que o Sr. general Norton de Matos vai realizar em Angola é certamente bem mais difícil e momentosa que toda aquela que o país já lhe deve. (Apoiados).

Esta minha afirmação poderá parecer absurda, mas não1 o ó. Propriamente, S. Ex.a, bem melhor do que eu e do que todos quantos me escutam, sabe quanto há de verdade nestas minhas palavras.