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Sessão de 18~de Marco de 1921

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Vozes: — Muito bom.

O orador foi muito cumprimentado.

O discurso publicar-se há na integra, quando forem devolvidas, revistos pelo orador, as notas taquigráficas.

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O Sr. Presidentes — Em vista da manifestação da Câmara, considero aprovado, e será exarado na acta desta sessão o voto proposto de saudação e de confiança pela obra que vai realizar o Sr. Norton de Matos.

Vozes: — Muito bem.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e interino da Agricultura

(Bernardino Machado): — Sr. Presidente: tenho a honra de mandar para a Mesa uma proposta de lei para a qual roqueiro urgência e dispensa do Kegimento.

O Sr. Presidente : — Tendo o Sr. Presidente do Ministério mandado para a Mesa uma proposta de lei para a qual requereu urgência e dispensa do Regimento, vai ser lida a proposta para ser-votada a urgência e dispensa do Regimento.

Leu-se a proposta e foi aprovada a urgência e dispensa do Regimento entrando em seguida em discussão.

É do teor seguinte:

Proposta de lei

Artigo 1.° K autorizado o-Governo a trasladar para o Panteão da Batalha os cadáveres de dois soldados desconhecidos mortos cm combate, um em África e outro na Flandres.

Art. 2.° 6 dia 9 de Abril de 1921 será considerado feriado nacional.

Art. 3.° Fica revogada a legislação em contrário.

Sala das sessões da Câmara dos Deputados, em 18 de Marco de 1921.— O Presidente do Ministério, Bernardino J/a-cJiado.

Foi aprovada na generalidade sem discussão entrando em discussão na especialidade.

O Sr. Presidente: —Está em discussão na especialidade.

Foram aprovados sem discussão os artigos 1.Q, 2.° e 3.° da proposta.-

O Sr. Malheiro Reimão : — Requeiro a dispensa da última redacção. Foi dispensada.

O Sr. Presidente : — Tem a palavra, para um negócio urgente, o Sr. António Francisco Pereira.

O Sr. António Francisco Pereira: —

Sr. Presidente: ao principiar o debate sobre a justa homenagem prestada ao Sr. Norton de Matos disse o Sr. Barbosa de Magalhães ser este o último dia do sossõc^ parlamentares, antes das férias.

Contra tal resolução lavro desde já o meu protesto porque não faz sentido que depois de se ter votado uma prorrogação da sessão legislativa até 30 de Junho, se tome a resolução de dar férias. A Câmara nada tem -que ver com a Páscoa, e o que se está passando é uma vergonha porque o' que o País exige ó que se trabalhe.

Posto isto, vou entrar no assunto para que pedi a palavra e para o qual chamo a atenção do Sr. Presidente do Ministério,.

Ontem, quando foi da discussão sobro a declaração ministerial, S.Ex.;l no seu rápido e muito conceituoso discurso, como é próprio da sua inteligência, respondeu a todos os oradores que havia m falado, mas não respondeu, não sei se propositadamente, a todos os assuntos que haviam sido tratados.

Um desses assuntos é o que se refere à greve dos trabalhadores da imprensa, a respeito da qual já têm falado alguns colegas meus deste lado da Câmara, o sobre a qual desejo ouvir a opinião de S. Ex.% visto que para ela não teve ainda uma palavra.

Não sei se está presente o Sr. Nuno Simòes, porque desejaria que S. Ex.a ouvisse que eu não quero tratar senão dos trabalhadores de imprensa.

A Câmara não tem de se ocupar da greve cuja resolução está entregue já a uma entidade que certamente saberá resolver o assunto com justiça, desejando eu contudo o melhor êxito para as reclamações dos trabalhadores da imprensa.