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Diário da Câmara dos Deputados

chefe do Governo, para que o nosso ensino se eleve à altura da civilização que devemos representar.

Não quero agora falar largamente no assunto. Não é o momento próprio, mas, como o ilustre Deputado se referiu ao ensino de história, devo dizer a S. Ex.à e à Câmara que, com efeito, é absolutamente indesculpável o estado de atraso em que nos encontramos nessa matéria.

Não temos senão um curso de história; um só, apena?}.

Precisamos da ter uma cadeira onde se estude a história dos nossos descobrimentos e navegações.

Não temos uma cadeira de história da República Portuguesa, e é necessário que a tenhamos, educando a nossa mocidade no respeito à obra da República e ao esforço feito pelo povo português para a mudança de instituições.

Não temos uma cadeira de história na Faculdade de Letras; mas—pior do que isso — não temos um livro de história, um resumo da civilização portuguesa,

j Vem um estrangeiro a Portugal, precisa de conhecer factos da nossa história. e não temos um livro de história das nossas^ navegações e descobrimentos!

E absolutamente indispensável criar as duas cadeiras: a de história das nossas navegações e descobrimentos, e a de história da República Portuguesa—esta história que muitos republicanos esquecem, porque muitas vezes ouço falar indiferentemente da obra da República, como se ela não tivesse grandeza, que ainda agora contentou a nossa sensibilidade de patriotas no deslumbramento das solenidades que todos presenceámos.

E preciso que os novos que estudam, para mais tarde nos representarem, não esqueçam esta obra, em que temos sido comparticipes.

Precisamos, efectivamente, de ter um resumo da nossa civilização, para oferecermos aos nossos filhos e aos estrangeiros 'que vêm a Portugal.

Além dos compêndios adoptados nas aulas não temos absolutamente nada que possa dar a leitura gloriosa da história da civilização portuguesa.

O Governo abrirá um concurso para que se possa ter, num livro digno de ler--se, a história da Civilização Portuguesa.

Aqui tem o ilustre Deputado, para não

falar senão neste assunto, que S. Ex.a desveladamente tratou — porque é um distinto professor de história— o que o Governo pensa, estando inteiramente de acordo com S. Ex.a nesta cr.usa, que é bela.

O discurso será publicado na integra, revisto pelo orador, quando restituir, revistas, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.

O Sr. Estêvão Águas: — Sr. Presidente : pedi a palavra para apresentar à consideração da Câmara um projecto de lei corno adição à lei, já promulgada, sobre a organização do quadro dos oficiais farmacêuticos, solicitando a V. E>x.a a fineza de consultar a Câmara sobre se concede a urgência e dispensa do Regimento para a sua discussão.

O orador não reviu.

Consultada a Câmara, foi -Aprovada i urgência e dispensa do Regimento, entrando em discussão o seyuinte

Projecto de lei n.° 713

Artigo 1.° Os oficiais farmacêuticos milicianos, com a graduação de major e com serviço de campanha, i tigres sarão, desde já e com dispensa de concurso, no quadro permanente de oficiais farmacêuticos, ficando como supranumerários dês-se quadro até passarem à situação de reserva.

§ único. Estes oficiais, emqiianto à sua situação na escala, para os efeitos de promoção, serão considerados à esquerda de todos os majores do mesmo quadro.

Art. 2.° Esta lei fica fazendo parte integrante da organização dos serviços farmacêuticos do exercito, promulgada pela lei n.° , e revogada a legislação em contrário.

Sala das Sessões, 19 de Abril de 1921.—João E. Águas.

O Sr. Costa Júnior : — Sr. Presidente : o projecto de lei apresentado pelo Sr. Estêvão Águas contém a mesma matéria do quo o projecto que a Câmara ainda está discutindo, refereute ao Sr. major farmacêutico Júlio Maria de Sousa, pois que não há outro major miliciano farmacêutico além de S. Ex.a