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Diário da Câmara dos Deputados

residentes no Brasil do que pelos nacionais.

De maneira nenhuma.

£ Queremos nós dar uma interpretação diferente daquela que consta do espírito e letra da lei?

Se caminhamos para isso melhor será dizer que nos podem torpedear a Agência.

Eu devo dizer que o Sr. Pinheiro foz--nos muito menos mal do que alguns outros têm feito nesta casa.

Seja Banco ou casa bancária o § único diz bem o que é.

Sobre isto deu-se no Brasil o que sucedeu em Portugal. Uma vez o Banco de Portugal disse que era uma entidade mercantil anónima, mas nunca definiu se era Banco ou casa bancária.

O Brasil definiu isto por uma forma simples; se o capital era tanto tratava-se de uma casa bancária, se o capital era tanto ora um Banco.

Ora esta interpretação só se pode dar pela violência.

Voltando a outro assunto: £ supondo V. Ex.a que eu tinha aqui os telegramas a que se referiu o Sr. Cunha Leal, em que situação é que nós nos encontrávamos?

Eu não quero dizer qualquer palavra que possa colocar alguém na situação em que o Sr. Cunha Leal colocou toda a gente a quem mandou a tal circular que considerava secreta.

A Caixa Geral do Depósitos e Conselho de Administração fiscalizam, não precisam do nenhum membro que vá fixar a vida no Brasil a fiscalizar.

Se em Portugal se criasse um lugar desses íio Brasil e se pagasse o que se paga ao inspector do Banco no Banco do Brasil, toda a gente pretenderia esto lugar, e só não pretendesse invejaria os que viessem a obtô-lo.

O inspector vence 18:000$ por ano; e sub-inspector 12:000$.

Não admito possibilidade de que alguém, inclusivamente, o ilustro parlamentar, deixo de acompanhar o Governo nesta hora, em relação à votação da proposta, que é também o maior incentivo que podo haver, para que criaturas que nos jornais aqui o lá fora não vejam aqui concessões que não podemos d,ar.

Não compreendo que o'Sr. Cunha Leal deixe de acompanhar o Governo, nesto caso, pelo facto de não ter sido acoito o seu ponto de vista.

Trata-se, agora, dos Intorôssos do Estado o da República.

O Estado português está hoje a enviar barcos dos Transportes Marítimos do Es-tado(ao Brasil.

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Temos colocado o problema em relação aos dois países.

Quando Presidente da República, o Sr. Dr. Bornardino Machado, hoje Presidente do Ministério, sendo eu Ministro trabalhei para que aos barcos portugueses po-desse ser atribuída a relação entre os dois países.

O Ministro das Finanças actual deseja, como todo o Governo, as melhores relações com o Brasil.

São excelentes as relações eni.re os dois. povos, porque comungamos nos mesmos sentimentos; e somos a mesnia raça, e falamos a mesma língua.

Devemos lembrar-nos também que os que lá estão precisam de assistência.

São estas as palavras que tin.ia a dizer e mais nada direi porque não quero responder ao ilustre Deputado Sr. Cunha Leal, na parte em que S. Ex.a se referiu à minha inércia, a eu não ter Jeito nada.

Eu não disse que mandei telegramas para o Times; ou não dei entrevistas, como o Século disse, não dei en;revistas a quem quer que fosse. Alguém que estava no meu gabinete, e que era jornalista en-tandeu dar publicidade ao que se tinha dito, o empreguei a palavra «confiança» palavra quo estava muito bem, pois não ó estabelecendo a pânico que se resolve o nosso problema.

Não era o Sr. Cunha Leal, não eram os seus amigos políticos, mas sim aquelas pessoas que se servem das palavras do homens públicos para nos atirarem à cara e causarem o descrédito no país.

Direi como Camões: «alguns portugueses há que só têm o nome».