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Sessão de 4 de Maio de 1921

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chegou-se a dizer que não se constituiria Ministério se eu não entrasse para Ministro das Finanças.

Com respeito a compressão de despesas, também alguma cousa tenho feito, e creio que já tenho poupado muito dinheiro, e tenho feito isto sem barulho; e assim a confiança tem vindo, mas, infelizmente, não tenho podido usar dela..

Foram os correligionários de V. Ex.a que me obrigaram a vir para aqui; não havia Ministério, e eu entendi que não era conveniente, estar o país mais tempo sem Ministério.

Agora já se diz: «o dinheiro vai para o Estado e não para os particulares*.

O Sr. Ferreira da Rocha (sobre o modo de votar): — Sr. Presidente: falo a custo sobre o modo de votar.

Entendo que não se trata dum requerimento.

A idea do Sr. Cunha Leal ao apresentá-lo é do facto propor a suspensão da discussão em quanto não vierem à Câmara alguns elementos que S. Ex.a julga necessários.

Não há no Regimento definição do que seja um requerimento para esse efeito.

Em regra a Mesa tem interpretado por requerimento tudo que comece pela pa-- lavra «requeiro».

Mas eu creio que nem o Sr. Cunha Leal, nem V. Ex.a, nem a Câmara, julgarão descabida a interpretação que eu dou às intenções de S. Ex.% considerando o seu requerimento uma questão prévia.

Trata-se de uma questão prévia, definir em primeiro lugar se convém ou não continuar esta discussão, para, em caso negativo, o assunto baixar à comissão.

O Sr. Cunha Leal:—Não vejo inconveniente em substituir o meu requerimento por uma questão prévia.

O Orador: — Tenho a impressão de que não é necessário isso. Cabe à Mesa, segundo o Regimento, classificar os documentos que lhe são enviados pela Câmara.

Creio que neste caso a Mesa não poderá deixar de classificar como questão prévia o alvitre apresentado.

O assunto é bastante importante para que a Câmara fizesse a votação do alvitre do Sr. Cunha Leal, sem nenhumas

considerações poderem ser produzidas, visto que os requerimentos não se discutem.

Não foi, por certo, idea do Sr. Cunha Leal abafar a discussão a cinco minutos dela ter sido iniciada.

Sendo, como deve ser, uma questão prévia, já todos os Srs. Deputados poderão apresentar as suas considerações que não poderão ser apresentadas pelo pedido de palavra sobre o modo de votar.

Como questão prévia discutirei o assunto.

O Sr. Presidente:—O -alvitre do Sr. Cunha Leal é por S. Ex.a apresentado em termos tais, no seu requerimento, que a Mesa o não pode considerar questão prévia.

O Sr. Ferreira da Rocha:—Nesse caso ver-me hei obrigado a discutir o requerimento como uma questão prévia, se V. Ex.a consentir.

Ô Sr. Presidente: — Devo lembrar a V. Ex.a que os requerimentos não são susceptíveis de discussão, e que se é certo que muitas vezes eles se discutem com o pretexto do modo de votar, essa complacência hão podo ir até o ponto de se discutir um requerimento como uma questão prévia.

O Sr. Cunha Leal: — Peço a palavra para um requerimento.

O Sr. Presidente: — Se o Sr. Ferreira da Rocha permite, eu dou a palavra para um requerimento ao Sr. Cunha Leal, para ver se se resolve este caso.

O Sr. Ferreira da Rocha: mente de acordo.

• Perfeita-

0 Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Cunha Leal.

O Sr. Cunha Leal: — Requeiro a V. Ex.a que consulte a Câmara sobre se permite que eu retire o meu requerimento e o transforme em questão prévia.