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tèessâo de 20 de Dezembro de 1922

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Se é desconhecida a verba necessária para a _ construção dos pavilhões, o que fazemos nesta altura?

Seja-me Leito dizer que, se entrei na discussão dêsto assunto, nenhuma espécie de interesse directo, remoto ou iudirecto me liga a este assunto da Exposição do Rio de Janeiro.

Tomei parte neste debate apenas movido pelo desejo de ser prestigiado o nome português, única e exclusivamente.

Apoiados.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Fernando de Brederode): — Até à hora de vir para esta Câmara, não tinha recebido nenhum telegrama que esclarecesse sobre as quantias necessárias para a construção dos pavilhões.

Continuo na suposição de que considero insuficiente a verba de 6:000 contos proposta pelo Sr. Vasco Borges. Dessa verba três quartas partes são para pagar as dívidas.

A outra quarta parte é para pagamento das obras e despesas a efectuar no Brasil.

Não se inclui nessa quantia a dívida a pagar pelo Ministério da Marinha e outras dívidas feitas em Lisboa, que em números redondos deve ser de cerca de 1:500 contos.

Por isso proponho que seja elevada a verba a 7:500 contos.

Mando para a Mesa a seguinte proposta : '

Proponho que no artigo 2.° a verba au-tori/ada seja elevada do 6:000 a 7:500 contos.

20 de Dezembro do 1922.— F. Brede-rode.

O Sr. Carvalho da Silva:--Sr. Presidente: pela maneira como se pronunciou este lado da Câmara sobre a generalidade do projecto e em virtude do que tem sido dito conclui-se que não podemos dar o nosso voto a' este projecto, que, aliás, foi rejeitado na generalidade por ê.ste lado da Câmara, pela minoria católica o pelos Srs. Portugal Durão H Carlos Pereira.

S

indispensável pagar, nós votaríamos este projecto, reservando-nos para pedir res-ponsabilidades a quem as tem num escândalo desta magnitude; mas, não é isso que se vai votar e o próprio Sr. Ministro do Comércio o acaba de dizer com uma lealdade que muito o nobilita, o que, aliás, é próprio de um carácter a quem pres-• tamos a nossa maior homenagem. Disse S. Ex.a que não chega a verba que se vui votar para as dívidas que existem, que não' se sabe quais elas são, entendendo que se deve incluir a verba necessária a despender com a construção dos pavilhões, e concluindo por dizer que, por falta de informação, não pode garantir que os pavilhões estejam concluídos antes de terminar a'exposição.

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Se tivéssemos a certeza de "que esses pavilhões se acabariam, não teríamos dúvida em dar o nosso voto, para honrar o nome do país.; mas irmos ainda votar qne continue a voragem sem resultado seguro para o País, isso não podemos fazer.

Sr. Presidente: -não posso deixar de me referir a uma declaração que ontem foi feita nesta Câmara pelo Sr. Vasco Borges acerca da hipoteca dos pavilhões ao Banco Nacional Ultramarino. Até então não sabíamos nós que o Governo tinha conhecimento dessa hipoteca, porém, o discurso do Sr. Vasco Borges fez-nos-saber ontem que sim, que o Sr; Comissário antes de partir para o Brasil consultou o Sr. Presidente do Ministério que por sua vez consultou o Governo, e todo o Governo, à excepção do Sr. Ministro das Colónias, Autorizou S. Ex.a a que fizesse lá o que quisesse -que não envolvesse o nome do País.

.0 Sr. Vasco Borges:—CKque quisesse, não, o que lhe parecesse conveniente.'