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Sessão de 20 de í)ezembrõ>de 192Ê

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Nem eu nem o Governo, creio eu, poderá dizer qualquer cousa a tal respeito.

O Sr. Cunha Leal:—Diz V. Ex.a que é muito difícil responder a essa pregunta, mas pregunto eu mais:

O Orador: — Lá chegaremos, não sendo conveniente precipitar a ordem das minhas considerações.

Não se pode dizer, repito, se essa verba chegará, pois pode-se dar mesmo uma variação cambial.

O Sr. Cunha Leal:—Peço desculpa a V. Ex.a, mas- nesse ponto não posso estar de acordo com S. Ex.a, pois que se o Governo quiser pode transferir imediatamente a verba necessária e nesse caso não 'se dará a variação cambial a que S. Ex.a acaba de referir-se.

O Orador:—De maneira que, Sr. Presidente, admitindo a hipótese apresentada pelo Sr. Cunha Leal, a única garantia que poderemos ter é de que essa verba será administrada com maior cautela, e assim, se ela não chegar e se o Governo tiver necessidade de me pedir um novo crédito, nós teremos a certeza que ele foi insuficiente e não porque tivesse havido desperdícios.

Eu devo dizer que realmente deve ser empenho do Governo, e de todos nós, que os pavilhões se concluam.

Preguntou o Sr. Cunha Leal se antes do encerramento da Exposição, que deve ser em 19 de Março, o nosso pavilhão da indústria poderá funcionar.

Sr. Presidente: o que nós podemos garantir neste momento é que se há-de empregar todos os esforços para que assim seja, isto é, para que eles se possam concluir antes dessa data, mas para isso necessário se torna que o Parlamento habilite o Governo com as verbas necessárias para assim proceder, pois estou mesmo certo de que o Sr. Ricardo Severo não assumirá a gerência desses serviços sem as verbas necessárias para tal.

Sem dinheiro nada disso se poderá fazer, e, não habilitando o Governo com elas, a Exposição não se realizará a tempo apesar de todos os nossos esforços.

De resto há informações de que a Exposição, provavelmente, não se encerrará a 19 de Março, há informações de que o Governo Brasileiro tenciona prorrogar ainda por mais tempo essa Exposição e assim teríamos probabilidade de que os nossos pavilhões chegassem a funcionar integralmente.

Quanto à dívida ao Banco Nacional Ultramarino não a meti em linha de conta na verba de 6:000 contos que fixei e não a meti em linha de conta porque não me pareceu necessário nem oportuno.

jii uma questão para considerar e resolver se convirá mais vender ou ficar com esses pavilhões, inclusivamente, para os transportar para Portugal, como, segundo parece, foi o plano primitivo, e aqui adaptá-lo a um palácio que ficaria existindo entre nós destinado a qualquer objectivo.

j^ uma questão, portanto, que só oportunamente se poderá resolver.

Se se resolver conservar esses pavilhões em nossa propriedade, será então ocasião de vir à Câmara pedir um crédito para satisfazer os encargos que os oneram; se for resolvido vendê-los, será então ocasião de verificar se eles valem os 1:000 contos que é o encargo, que pesa sobre eles.

Isto, como já disse, ó uma questão a resolver oportunamente, não convindo, portanto, resolver-se, por agora, qualquer cousa relativamente a essa dívida.

Tenho dito.

O orador não reviu,

O Sr. Cunha Leal: — Sr. Presidente: há na argumentação do Sr. Vasco Borges um esquecimento.

Somadas todas as verbas encontramos O seguinte: 5:500 contos gastos duma vez e mais 7:500 contos, supondo que é aprovada a proposta do actual Sr. Ministro do Comércio; vê-se, portanto, que a verba autorizada era de 13:000 contos,- mas o quo é certo é que se gastaram 16:000 contos e então eu pregunto: