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ÍHário âà 'Câmara dos Deputados

dente : devo dizer que, se eu estiver neste lugar quando for da aplicação da verba pedida, essa aplicação só se fará nos termos da lei.

O Sr. Jorge Nunes : —

O Orador: — Isso dependo da resposta do Sr. Ricardo Severo. Se essa resposta coincidir com a do Sr. Comissário de que se pode concluir os pavilhões até ao fim de Janeiro, acho que a verba se deve empregar.

Termino declarando qne aceito a proposta do Sr. Vasco Borges e pedindo para ser consultada a Câmara sobre se autoriza que retire a minha proposta.

Tenho dito.

Consultada a Câmara foi dada a autorização pedida.

O Sr. Carvalho da Silva: —Sr. Presidente : vai-.se cometer mais um escândalo tremendo.

Começou-se por apresentar um pedido de um crédito de 6:000 contos. Lovantou-se o Sr. Ministro do Comércio e propôs que fosse aumentado para 1:000 contos, e agora chegamos já à verba de 10:500 contos e em condições de não se saber se chegará para as despesas a fazer.

É assim que a República que ré que o País- avalie a intensidade dos crimes praticados na administração pública, pois que, apresentando o Sr. 'Vasco Borges um pedido de um crédito de 6:000 contos, chegou já a 10:500 contos.

Isto prova que se prepara iludir o País não se mostrando qual o verdadeiro escândalo.

Apartes.

O Orador: — Sr. Presidente : ao discutir-se um projecto desta ordem, ainda que não corra pela pasta do Sr. Presidente do Ministério, não se compreende que S. Ex.a não esteja presente.

Isto mostra ao País que temos à frente do Governo um homem público que não conhece a importância de se gastarem 10:500 contos para satisfação de um escândalo tremendo.

Não s<_3 de='de' no='no' estrangeiro='estrangeiro' factos='factos' fazemos='fazemos' representar='representar' trata='trata' trata-se='trata-se' do='do' ocorridos='ocorridos' nós='nós' moral='moral' por='por' nos='nos' caso='caso' entre='entre' deve='deve' modo='modo' como='como' só='só' país='país' e='e' efeito='efeito' qne='qne' completo.='completo.' o='o' p='p' conhecer='conhecer'>

Nestas circunstâncias temos, porém, um chefe do GovOrno que não assiste à discussão de um projeeto que tem tam grande importância, e temos um'Par lamento que consente um tal procedimento por parte do Sr. Presidente do Ministério, tendo de responder perante o Parlamento porque o Parlamento é o tribunal do País e as responsabilidadcs do Sr. Presidente do Ministério são tremendas.

Talvez ninguém nrsta Câmara, cin nome da coerência que sempre tem seguido, tenha tanta autoridade como eu para combater Oste projecto. Já quando esteve no Poder um "Governo liberal, sendo Ministro do Comércio o Sr. Fernandes Costa, tive ocasião do fazer oposição a um crédito de 2:500 contos por reputar exagerada essa verba; talvez por iss^o o Partido Liberal que tem a sua responsabilidade absolutamente ligada a Ostc facto deixe, apesar de ser hoje uma oposição parlamentar, que a discussão deste projecto prossiga sem o seu protesto. Não será ele aprovado, porém, sem o protesto enérgico e veemente deste lado da Câmara que não tem responsabilidade alguma no facto porque sempre opôs a sua opinião contrária a todos estes desregramentos e escândalos, podendo hoje dizer que esta vergonha nacional é da responsabilidade principal do Sr. Presidente do Ministério, se bem qne o início dessa responsabilidade seja do Partido Liberal.

Protestando contra o facto de só votar mais este crédito de 7:500 contos, protestamos igualmente contra o facto de não estar presente o Sr. Presidente do Ministério para responder perante as suas res-ponsabilidades tremendas neste caso.

Tenho dito.

O orador não, reviu.

O Sr. Presidente:—Como não está mais nenhum Sr. Deputado inscrito, vai votar-se.

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