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Sessão de 19 de Fevereiro de 1923
sos no pagamento das pensões hão-de ter outra causa que não a de haver quaisquer demoras nessa repartição.
Seria bom que o Sr. António Correia me fornecesse uma nota das pessoas que reclamam, porque assim eu teria meio rápido de poder providenciar.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. António Correia (para explicações): — Sr. Presidente: estranho a resposta que acaba de me dar o Sr. Ministro das Finanças.
Os Deputados não têm de apresentar factos concretos sôbre as reclamações que fazem nesta Casa.
Os Srs. Ministros têm à sua disposição as respectivas repartições para poderem averiguar do que se passe e providenciarem.
Numa repartição do Ministério das Finanças fui já informado de que os pagamentos estão em atraso.
Por isso levantei aqui a minha voz a favor da situação das viúvas.
O Sr. Ministro das Finanças não tinha mais que dizer senão que iria tomar as devidas providências.
O Sr. Ministro das Finanças só tinha que responder que tomaria na devida conta as minhas considerações e nunca pedir que apresentasse questões condicionais, pois, neste caso, significa uma desconfiança para as reclamações que eu aqui apresentei.
Nunca ouvi no Parlamento resposta mais descabida a um assunto dos mais importantes e simpáticos que eu aqui tenho tratado.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Presidente pôs à votação as actas das sessões de 1 e 9 do corrente que foram aprovadas.
Os Srs. Lino Neto e Tôrres Garcia pedem para que antes da ordem do dia, sem prejuízo dos oradores inscritos, sejam, incluídos, respectivamente, os pareceres n.ºs 378 e 350.
O Sr. João Luís Ricardo: — Peço a V. Ex.ª que consulte a Câmara sôbre se
consente que durante a sessão reúna a comissão de agricultura. Foi concedido.
O Sr. Velhinho Correia: — Peço a V. Ex.ª que consulte a Câmara sôbre se ela permite que a comissão de finanças reúna durante a sessão.
Foi autorizado.
O Sr. Presidente: — Como a Câmara sabe, durante as férias faleceu o nosso colega, Sr. João Pedro de Almeida Pessanha, homem dotado de uma grande probidade de carácter, um funcionário exemplaríssimo e distinto cultor das letras.
Como Deputado toda a Câmara teve ocasião de apreciar na sua convivência essa colaboração que prestou em todos os assuntos.
Lamenta com certeza a Câmara a perda que sofreu e como não estivesse retinida, não foi possível nomear a Deputação que deveria acompanhar o féretro, mas a Mesa assumiu a responsabilidade de representar a Câmara no funeral.
Apoiados.
Parece-me, porém, que isto não basta, e que a Câmara aceitará uma proposta para que na acta se lance um voto de sentimento e que dêste facto se dê conhecimento à família enlutada.
A Câmara resolverá como entender.
O Sr. Luís da Costa Amorim: — Pedi a palavra para me associar ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª, em nome da maioria desta Câmara e como antigo amigo que fui de João Pessanha, pois nessa qualidade tive ocasião de apreciar o seu belo carácter e a sua alta inteligência.
Comquanto descendesse de uma família da mais antiga nobreza, João Pessanha foi sempre um devotado republicano e um espírito rasgadamente liberal.
Não possuindo fortuna, foi o verdadeiro tipo de homem feito á sua custa. Êle ascendeu aos mais altos lugares do seu quadro, sempre por concurso, sempre pelo seu próprio esfôrço.
As qualidades que, ràpidamente acabo de enumerar, são mais do que suficientes para que êste lado da Câmara se associe