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Sessão de 26 de Fevereiro de 1923
Eu desejo fazer sôbre o assunto algumas considerações:
Muitos dos feridos pela grande desgraça encontram-se em precárias circunstâncias e lutam com enormes dificuldades, visto que se encontram impossibilitados de trabalhar.
Assim, eu pedia ao Govêrno que a essas criaturas fôsse dada a assistência material indispensável para poderem viver, emquanto estivessem em tratamento.
É tudo quanto há de mais justo e estou certo de que a Câmara estará de acôrdo.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Francisco Cruz: — Sr. Presidente: eu também tinha pedido a palavra para propor um voto de sentimento pela catástrofe de Coimbra, e faço-o movido por um duplo sentimento.
Como português e como cidadão eu não posso deixar de sentir o coração verdadeiramente confrangido pelo trágico acontecimento; mas outra cousa ainda me determina a sentir magoadamente êsse sinistro.
É que foi em Coimbra que eu passei o melhor tempo da minha mocidade, evocando com saüdade a parte da minha vida que aí decorreu.
Considero Coimbra quási como minha terra natal e tudo quanto aí se passa, de alegrias ou de tristezas, eu sinto também.
É, portanto, com um duplo pesar que eu me associo, Sr. Presidente, ao voto de sentimento proposto.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Almeida Ribeiro: — Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar a V. Ex.ª que êste lado da Câmara se associa comovidamente ao voto de sentimento proposto, e se ela não tomou a iniciativa logo no comêço da sessão, de lembrar à Câmara êsse voto, foi porque quis que a Mesa, como representante de todos nós, ou qualquer Deputado representante do distrito de Coimbra, o fizesse.
Proponho ainda que o voto de sentimento, que a Câmara vai aprovar certamente, seja pela Mesa comunicado à Câmara Municipal de Coimbra, com a expressão do nosso profundo sentir.
Tenho dito.
Apoiados gerais.
O orador não reviu.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Sr. Presidente: corroborando as minhas palavras de há pouco, eu associo-me, em nome da minoria monárquica ao voto de sentimento pela horrível catástrofe de Coimbra.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro do Trabalho (Rocha Saraiva): — Sr. Presidente: já disse há pouco que o Govêrno se associa comovidamente ao voto de sentimento proposto e uso da palavra agora para dizer ao Sr. João Bacelar que tudo o que se puder fazer em benefício das vítimas da catástrofe de Coimbra, será feito pelo Govêrno.
Muitos apoiados.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: a minoria católica afirma a sua solidariedade com os sentimentos da Câmara, aprovando o voto de sentimento proposto.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Em vista da manifestação da Câmara considero aprovados o voto de sentimento de que a Mesa tomou a iniciativa e o aditamento proposto pelo Sr. Almeida Ribeiro.
Foi aprovada a acta.
Foram concedidos vários pedidos de licença e lidas algumas substituïções nas comissões da Câmara.
O Sr. Jaime de Sousa (por parte da comissão dos negócios estrangeiros): — Sr. Presidente: mando para a Mesa o parecer da comissão dos negócios estrangeiros, sôbre a proposta relativa à saída de determinadas fazendas da Alfândega a bordo de certos navios ex-alemães.
ORDEM DO DIA
O Sr. Presidente: — Vai passar-se à ordem do dia.