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Diário da Câmara dos Deputados
bem de todos e com prestígio para a Câmara, podendo o Sr. Alberto Xavier continuar nas comissões a prestar os seus serviços.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Carlos Pereira: — Sr. Presidente: as considerações que vou fazer são da minha inteira e exclusiva responsabilidade.
Assente isto, devo dizer que se se dessem outras circunstâncias diferentes daquelas que vou apontar à Câmara, entenderia que me devia associar à manifestação para que um qualquer Sr. Deputado desistisse do seu pedido de renúncia de membro duma comissão, mas hoje a eleição de comissões faz-se não por votação, mas por indicação dos leaders dos partidos o assim se a um determinado partido não convém que um seu membro abandone o seu lugar numa comissão da Câmara, então que lho diga e em caso de recusa que lhe imponha a sanção que entender; a Câmara é que não tem nada com isso.
Apoiados da esquerda.
Trata-se duma questão de política partidária, e dêsse modo se o Partido Republicano Nacionalista entende que não lhe convém a saída do Sr. Alberto Xavier das comissões de finanças e do Orçamento que o diga a S. Ex.ª; a nós é que não nos compete fazê-lo.
Apoiados da esquerda.
Sr. Presidente: estranharam há pouco alguns Srs. Deputados que eu tivesse tido a coragem de quando se falava em correcções ter dito não apoiado.
Eu vou justificar as minhas palavras e depois quero ver quais são os homens de bem do meu País que afirmam que eu não tenho razão.
O Sr. Alberto Xavier lembrou-se um dia de vir a esta Câmara, quando se discutia determinado parecer, fazer a tremenda acusação de que o projecto a que se referia êsse parecer havia sido apresentado simplesmente para beneficiar uma pessoa de família de determinado parlamentar.
Êsse parlamentar, que não pertencia à Câmara dos Deputados mas ao Senado, na impossibilidade de se poder desafrontar nesta casa, autorizou-me a desmentir terminantemente a insinuação do Sr. Alberto Xavier.
O Sr. Alberto Xavier então não se defendeu do desmentido formal que, em nome dêste parlamentar, eu aqui fiz...
O Sr. Alberto Xavier: — Não é verdade!
O Orador: — V. Ex.ª calou-se, então, nem podia deixar de se calar.
Depois disto o Sr. Alberto Xavier, servindo-se duma tribuna onde algumas vezes passeia num à vontade de filho da casa, veio a público fazer afirmações que não pode fazer um homem que tenha em consideração a sua própria honra.
No jornal Diário de Noticias publicou S. Ex.ª um artigo em que se afirmava que o Sr. Adolfo Coutinho entrara para a comissão de finanças para fazer com que no projecto das subvenções ficasse consignada uma disposição, pela qual êsse
Sr. Deputado viesse a ficar com uma subvenção maior do que aquela que inicialmente lhe era atribuída.
O que posso eu dizer, Sr. Presidente e meus Senhores, dum homem que se serve da imprensa para anavalhar a honra dum seu colega nesta Câmara?
Vozes: — Não pode ser!
O Sr. Alberto Xavier: — Sr. Presidente: eu reclamo a intervenção de V. Ex.ª Muitos apoiados.
O Sr. Presidente: — Convido o orador a retirar a expressão «anavalhar».
O Orador: — Retiro a palavra «anavalhar» para a substituir pela afirmação de que o Sr. Alberto Xavier tem em muito pouca conta a honra dos outros.
O parecer dos Transportes Marítimos foi assinado pelo Sr. Barros Queiroz, sendo fornecido todos os esclarecimentos solicitados por S. Ex.ª Mas o Sr. Alberto Xavier declara que não votou por não ter elementos de apreciação.
Eu direi que não hesito em acompanhar o Sr. Barros Queiroz, em vez de seguir a opinião do Sr. Alberto Xavier.
O Sr. Pedro Pita: — Sr. Presidente: nesta altura eu vejo que está baralhada