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Sessão de 21 e 22 de Março de 1923
Sondo eu um dos que mais tem trabalhado nesta Câmara, lastimo profundamente a atitude assumida pela maioria, e, para terminar, tenho a dizer que sentindo-se o Partido Nacionalista, a que tenho a honra de pertencer, agravado pelo que acaba de ser feito a um dos seus correligionários, êle não poderá para o futuro continuar a manter com a maioria as relações cordiais que tem mantido até hoje, nem a colaborar com ela emquanto satisfação não lhe fôr dada, e bem assim ao ilustre Deputado e sou correligionário o Sr. Alberto Xavier.
Tenho dito.
Vozes: — Muito bom.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, guando, nestes termos, restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Carlos, Pereira: — Agravados estamos nós pela atitude assumida pelo Partido Nacionalista, que impediu que um dos seus membros continuasse colaborando, nos trabalhos da sua comissão de finanças.
O orador não reviu.
O Sr. Velhinho Correia: — Sr. Presidente: pedi a palavra para falar em nome dêste lado da Câmara a propósito do incidente levantado há pouco pelo ilustra Deputado Sr. Ferreira de Mira, pelo facto de não ser admitida a moção do Sr. Alberto Xavier e para fazer a seguinte declaração: não houve da minha parte, nem da parte dos meus colegas dêste lado da Câmara, qualquer propósito de agravar o Partido Nacionalista.
As relações amistosas que o Partido Nacionalista entende dever ter com êste lado da Câmara são realmente de considerar para os altos interêsses da República que aqui defendemos, e não desejamos de maneira nenhuma que se diga que o facto que ontem aqui se passou representa qualquer agravo da nossa parte. Êsse facto deu-se, não por nossa causa, mas sim devido ao Sr. Alberto Xavier, porque S. Ex.ª excedeu os limites da paciência desta casa do Parlamento.
S. Ex.ª, em vez de fazer um discurso, fez afirmações ditas e reditas nesta sessão e em outras, apresentando sempre os mesmos argumentos e factos, simplesmente no propósito de demorar e fazer obstrucionismo.
S. Ex.ª tinha o direito de ser atendido e ouvido por toda a Câmara.
Fui eu uma das pessoas, embora não tenha relações de intimidade com S. Ex.ª, que, se puseram a seu lado ouvindo-o com toda a cautela e tomando, notas para responder às acusações do nosso colega.
Durou a minha paciência umas duas ou três horas, mas a paciência no caso desta noite excedeu os limites e se por acaso tivéssemos de ir a um tribunal pura resolver êste caso, a razão estaria por nosso lado.
Quem invoca o respeito da considerar, cão dos outros, tem de respeitar primeiramente os outros, e o que ontem aqui se passou não é de molde, repito, a que êste lado da Câmara ficasse impassível a êsse discurso de cinco horas e meia, que outra cousa não era senão a reeditação da mesma cousa urnas poucas de vezes.
Foi por isso que a Câmara determinou logo a rejeição da admissão dessa moção, e que não representa qualquer agravo para aquele lado da Câmara.
De resto, deixem-me dizer que, há tempo, um nosso colega da maioria apresentou uma moção que foi rejeitada por aquele lado, da Câmara, e quando, dêste lado se levantaram protestos a resposta foi que isso. não representava agravo pura a maioria, pois que havia apenas uma discordância entre êsse Sr. Deputado e alguns membros daquele lado da Câmara.
Termino afirmando mais uma vez que não houve, de forma nenhuma, o propósito de agravar a minoria nacionalista, mas tão somente o de manifestar o sentimento., recebido, por um discurso de cinco horas com matéria arrastada.
O discurso, será publicado na íntegra revisto, pelo orador, quando, nestes termos restituir as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. Pedro Pita: — Era minha intenção não usar da palavra, quando ela me. chegasse, mas como a Câmara resolveu que só falasse quem estivesse inscrito e êste lado da Câmara tem considerações a fazer, não posso deixar de aproveitar o