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Sessão de 19 de Abril de 1923
embora para isso se tivesse de criar uma escola de aplicação.
Realmente, V. Ex.ª sabe, como eu sei, porque fui oficial miliciano dessa arma, que para o manejo das peças que lá se,usam não se encontra grande dificuldade, ao passo que isso não se dá na artilharia de campanha.
Mas tem-se mantido, mantém-se e manter-se há o curso de artilharia a pé na Escola Militar, quando os oficiais de artilharia a pé têm chegado, chegam e hão-de chegar ainda, dentro de vinte ou trinta anos, para a direcção de todos os serviços fabris do exército. E não há sequer necessidade de se renovar o quadro de artilharia a pé, pela entrada de novos oficiais, porque para o exercício da engenharia industrial tanto serve um coronel como um capitão, ou mesmo um alferes, porque apenas êles actuam e produzem como engenheiros, e não como homens de tropa.
Mas isto também — e era importantíssimo! — não faz vibrar a corda sensível dos Ministros da Guerra, embora êles sejam pessoas ilustres como o actual Ministro, que de facto o é.
Contudo, o que nós verificamos é que o ataque dêstes problemas, que eu ainda estou longe de enunciar, levaria a uma realização de receita muito maior do que aquela que se pretende arrancar ao nosso voto.
Havia muito que dizer do serviço de artilharia, mas voo referir-me antes aos serviços de engenharia.
A engenharia compunha-se dos serviços telegráficos militares, dos serviços de caminhos de ferro e pioneiros, e tinham a seu cargo a instrução de tropas de engenharia, como tem também a seu cargo, em caso de mobilizações por motivo de guerra, a instrução de brigadas constituídas pelo pessoal das emprêsas particulares e do Estado.
Aqui, perante os factos que vou apresentar, era lícito fazer uma excepção à organização que se tem dado ao batalhão dos caminhos de ferro; haverá que dizer que é uma unidade de elite.
Mas, apesar de merecer todo o nosso respeito e consideração, tenho de falar dela.
Não só devíamos manter, não digo a anterior companhia de caminhos de ferro, mas o grupo que a lei de 1911 criou, e que se manteve até 1916.
Àpartes.
A respeito doutros serviços também direi que se mantêm umas organizações absolutamente, dispensáveis e pomposas.
Àpartes.
Ás minhas considerações responde-se com a intangibilidade dos quadros orgânicos do exército, mas que, não satisfazendo, o Sr. Ministro deveria apresentar ao Parlamento as suas propostas para serem modificadas.
Àpartes.
Nós temos grupos de artilharia de reserva que, segundo a organização, são considerados tropas susceptíveis de ser utilizadas no teatro das operações, mas não é assim, porque vemos à sua frente oficiais auxiliares do quadro de artilharia e porque não tem material.
Mas poderíamos ter isso tudo reduzido.
E porque não reservas gerais para campos de concentração, porque daí iam reservas a empregar em caso de guerra?
Na organização da arma de artilharia não conheço, nem pretendo conhecer. E quando não há material dispensável para essas unidades impõe-se um comando nos campos de reserva de artilharia.
Os Ministros da Guerra não desconhecem a necessidade de manter íntegra a legislação que atribui lugares públicos aos sargentos.
Não conseguiram ser admitidos para cursos para lhes permitir ser, auxiliares da administração militar, quando não é senão um serviço do exército em campanha para o qual se exige, é certo, educação militar, mas instrução que está ao alcance da generalidade dos cidadãos.
Em Coimbra há um hospital militar.
Antigamente os serviços dos hospitais eram feitos por médicos militares da guarnição, e chegaram sempre êsses oficiais para o serviço a executar.
Em Coimbra há um coronel médico inspector.
Um coronel médico comandante do 3.º grupo de companhias de saúde. Há um major módico segundo comandante do referido grupo.
Além disso há um tenente-coronel médico, um major médico, e um capitão-médico.