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Diário da Câmara dos Deputados
Correia vem atender ao artigo 1:355, como também, traz uma grande economia nos serviços do caminho de ferro.
Há talvez um milhar de lugares que tem de ser suprimidos, mas é claro que devo dizer à Câmara que eu não posso atirar para a miséria êsses funcionários, e como a lei manda que no dia 1 de Janeiro hão-de sair, é claro que irão para os encargos do Estado e êsses indivíduos serão admitidos» nos termos do decreto em vigor.
Assim com relação aos caminhos de ferro ficaria o problema — me parece — resolvido, dando-se satisfação ao artigo 36.º da lei n.º 1:355.
E isso com a aquisição do material por meio das reparações alemãs, ficando os caminhos de ferro mais aperfeiçoados, podendo portanto concorrer mais largamente para o desenvolvimento do fomento nacional.
Com respeito a correios e telégrafos, eu acho as taxas um pouco exageradas, e sou de opinião que se estude principalmente a redução a fazer, começando primeiro por tudo o que diga respeito a serviços para a Assistência, e passando dessas para tudo o que diga respeito à economia nacional, sindicatos, etc.
Conto também, em relação aos correios e telégrafos, dar cumprimento integral ao artigo 36.º da lei n.º 1:355.
O pôrto de Lisboa encontrei-o já funcionando duma maneira completa, para ir entretendo as obras indispensáveis para êle tomar o carácter de pôrto comercial.
E certo que se recorreu ao agravamento das taxas, mas se formos a comparar com o que se paga lá fora, nos pôrtos estrangeiros, as nossas taxas ainda são das mais pequenas que se pagam.
Em relação ao ensino comercial e industrial, eu procuro obter o material necessário porá o desenvolver, e além disso o Sr. Ministro da Instrução pensa numa reforma que torne dependente do seu Ministério êsse ensino, para evitar esta disseminação de instrução que se está dando actualmente, e que, em vez de especialização, só produz a confusão.
Mas julga-se também que há mais especialização na permanência da instrução especial e técnica no Ministério do Comércio, do que haverá no Ministério da Instrução, sendo a instrução geral aquela que mais preocupa.
Mas oportunamente isso se discutirá, quando o Sr. Ministro da Instrução trouxer a sua reforma.
Pelo que diz respeito às administrações gerais, parece-me que se caminha, já não direi em maré de rosas, mas pelo menos com as verbas suficientes para a conservação dos edifícios...
Com relação à Administração Gorai dos Serviços Hidráulicos, principalmente emquanto à conservação das estradas com a administração dos serviços hidráulicos, êstes tinham apenas a verba de 150 coutos.
O mais estava completamente absorvido pelo pessoal.
De modo que eu apresentei uma proposta, que foi carinhosamente recebida nesta Câmara, para reforma das respectivas verbas.
Ela foi para o Senado, e apesar de eu ter comparecido há já algumas sessões naquela Câmara, ainda não foi aprovada.
Há estradas que, passando sôbre elas mais um ano, ficam derrotadas, como por exemplo as de Alpiarça e de Santarém a Almeirim.
Em todo o caso, a administração geral está agora melhor dotada, dizendo-me até já o Sr. administrador que êste ano poderá fazer o serviço que lhe compete.
Creio que até aqui não tenho dito à Câmara cousa que lhe não mereça a sua atenção.
Pausa.
E assim, Sr. Presidente, eu vou passar ao problema das estradas, o único que realmente me preocupou assombrosamente.
Chegava a considerar um pouco como desonra dos meus merecimentos, que não são nenhuns (não apoiados), mas refiro-me aqui às minhas funções dentro do Ministério, se por todas as maneiras tivesse de vir ao Parlamento sem ao menos poder dizer: está aqui um trabalho.
Não me preocupava com a construção, mas sim com a reparação, porque estava absolutamente certo de que cada ano que passa é mais um agravamento para o estado das estradas (Apoiados), resultando um incómodo para quem transita e por conseqüência um mal para a economia nacional.