O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19
Sessão de 30 de Abril de 1923
novidade, mas eu afirmo à Câmara, sem receio de que me desmintam, que há quatro anos que sou parlamentar e nunca vi que aqui fôsse apresentado um requerimento desta natureza, dando a matéria por discutida com prejuízo dos oradores inscritos,
Desde que à maioria não merece consideração, o facto de estarem inscritas para falar ainda duas pessoas que têm neste lado da Câmara uma situação especial, visto que desempenham as funções de leaders, eu e os meus colegas do Partido Nacionalista consideramos êste facto como um agravo.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Carlos Pereira (sobre o modo de votar): — Sr. Presidente; uso da palavra em meu nome pessoal.
Eu sou daqueles que preferiam que o requerimento apresentado fôsse o de, dar a matéria por discutida, sim, mas sem prejuízo dos oradores inscritos; mas também sou daqueles que não usam o sofisma de instar pela sua, inscrição depois dum requerimento neste género.
Sr. presidente: é com profunda mágoa que vejo nesta Câmara pronunciarem-se palavras que devem ter um significado único, porque essas palavras, transpondo as paredes desta sala, têm repercussão no país. E quando se diz que s(c) pretendem cometer imoralidades, é com que lá fora se saiba que todos os partidos desta Câmara colaboram nelas.
É bom que se saiba que o regime proposto pelo Sr. António Fonseca já nesta Câmara foi adoptado, a quando da discussão orçamental.
Trocam-se àpartes.
O Sr. Presidente: — Eu peço a V. Ex.ª que se cinja ao assunto para que pediu a palavra.
O Orador: — Já várias vezes tenho visto a Presidência desta Câmara chamar-me à ordem, mas então é melhor que digam que não querem que eu fale.
O Sr. Presidente: — Perdão! Os Deputados que têm falado pediram a palavra para explicações, e, V. Ex.ª pediu-a sôbre e modo de votar. É diferente.
O Orador: — Eu devo dizer a V. Ex.ª, Sr. Presidente, que não tive nem tenho qualquer intuito de o melindrar, porque se o quisesse fazer teria empregada palavras sôbre as quais não houvesse a menor dúvida. Todavia, como tenho uma cabeça que não serve apenas para pôr o chapéu é que vi que se tem usado dêste sistema.
Sr. Presidente: para terminar, devo ainda afirmar que não compreendo que o Partido Nacionalista tenha feito uma oposição tam sistemática, porquanto já nesta Câmara êle votou regime idêntico. De resto, aquele lado da Câmara já manifestou o seu modo de ver pela bôca do Sr. Francisco Cruz, que fez um largo e eloquentíssimo discurso.
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Vai votar-se o requerimento do Sr. Vitorino Godinho.
Pôsto à votação, foi aprovado.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 116.º
Feita a contraprova, verifica-se estarem de pé 16 Srs. Deputados e sentados 44 pelo que foi aprovado.
O Sr. Nunes Loureiro: — Peço a V. Ex.ª para consultar a Câmara se consente que a comissão de comércio internacional reúna no próximo dia 2 às 16 horas.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 116.º do Regimento.
Aprovaram 67 Srs. Deputados e rejeitou 1.
O Sr. Presidente: — Vai proceder-se à votação da moção do Sr. Paulo Cancela de Abreu.
Procedeu se à votação.
É rejeitada.
O Sr. Paulo Cancela de Abreu: — Requeiro a contraprova e invoco o § 2.º do artigo 110.º do Regimento.
Rejeitaram 57 Srs. Deputados e aprovaram 4.